35% das empresas brasileiras contam com alguma iniciativa de IoT, aponta estudo

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De acordo com o quarto IoT Snapshot, estudo da Logicalis que analisa os mercados brasileiro e latino-americano em relação à evolução da Internet das Coisas (IoT) e sua adoção, 35% das empresas brasileiras já contam com alguma iniciativa de IoT – são 24% na América Latina. Dentre os principais benefícios da adoção da tecnologia, as empresas consideram redução de custos, agilidade e eficiência operacional. Já a cultura organizacional e o custo são os principais inibidores para adoção de IoT atualmente. O estudo ouviu 256 executivos, sendo 146 brasileiros.

No mercado brasileiro, 42% dos executivos avaliam a IoT como uma tecnologia de "alta" ou "muito alta" importância para os negócios atuais, aumento de dois pontos percentuais em comparação com a pesquisa de 2019. Entretanto, a expectativa criada em 2016 ainda não foi atingida, quando 62% dos executivos acreditavam que entre três a cinco anos (ou seja, entre 2019 e 2021) a IoT teria "alta" ou "muito alta" importância para os negócios.

Os números também revelam que 76% dos executivos brasileiros avaliam que, no médio prazo – ou seja, entre 2022 a 2024 – a IoT terá importância "alta" ou "muito alta" para os negócios. A expectativa caiu um pouco se comparada ao ano passado, em que 82% dos executivos acreditavam na alta importância da IoT para os três a cinco anos seguintes.

Os demais países latino-americanos entrevistados aumentaram consideravelmente suas opiniões sobre a importância da tecnologia quando comparado com 2019. O Chile desponta como única exceção. Por lá 37% dos executivos avaliam a IoT como de "alta" ou "muito alta" importância para os negócios, cinco pontos porcentuais a menos que no ano passado, mas, no médio prazo, a importância segue a tendência de aumento.

Responsabilidade e investimentos

A tendência é que os times de desenvolvimento de projetos de IoT serem cada vez mais diversos. De modo geral, a área de TI está envolvida, o que mostra que, com a transformação digital e o surgimento de tecnologias disruptivas, TI vem se tornando uma área de grande relevância para as empresas, deixando de ser uma área de apoio e infra e se tornando fundamental para melhoria do negócio.

Na maioria dos casos, a gestão e implementação de projetos de IoT ainda estão sob a responsabilidade da área de TI (60%), número um pouco menor quando comparado com o ano anterior (68%). Mas é possível notar uma mudança significativa em relação aos projetos conduzidos por times multidisciplinares – especialmente no Brasil. Enquanto no ano passado apenas 3% da responsabilidade e gestão era feita por equipes compostas por profissionais de TI, negócios e inovação, hoje esse porcentual cresceu para 26%. Nos demais países estudados, apenas 9% dos respondentes afirmaram que iniciativas de IoT são de equipes multidisciplinares.

Nível de adoção

Os planos de investimento em IoT ao longo dos próximos 18 meses se mostram mais contidos que em 2018. Argentina, Chile, Colômbia e México apresentam uma visão um pouco mais otimista em relação a isso. No Brasil, em 2018, 44% dos entrevistados afirmavam ter planos concretos de investir em novas iniciativas de internet das coisas; na edição 2019, foram apenas 34% dos respondentes.

Quando se avalia setorialmente o mercado brasileiro, o segmento em que mais há planos concretos de investimentos em novos projetos de IoT nos próximos 18 meses é a manufatura. Em segundo lugar, vem o setor de serviços, em que 33% dos executivos afirmam ter planos de investir em IoT. O número é discretamente mais alto que no último ano, quando os respondentes eram 30%. Já o agronegócio, que aparecia em segundo lugar no último estudo com 43% das empresas planejando investir em IoT, caiu para a terceira posição entre os mais interessados, com apenas 20% dos executivos tendo planos concretos.

A quarta edição do IoT Snapshot foi realizada em parceria com a consultoria Stratica e entrevistou, entre outubro e novembro de 2019, 256 executivos, divididos em: Brasil (146), Colômbia (34), México (32), Argentina (27) e Chile (17). A pesquisa traz um retrato fiel da maturidade da IoT no mercado Latino.

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