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Transformação digital: o desafio de superar a procrastinação

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É curioso pensarmos na canção imortalizada na voz de Paul McCartney, Let it be (“Deixe estar”), para sintetizar o fracasso das companhias em se transformarem digitalmente. Segundo estudos de diferentes consultorias realizados nos últimos dois anos, entre 70 e 90 por cento das empresas que passam pelo processo de transformação digital não atingem grande êxito. E isso ocorre por quê?

Se despedir do passado para abraçar o futuro não é algo fácil e requer muito planejamento estratégico. Porém, isso é fundamental para a empresa não se transformar num elefante branco em meio à startups que trazem soluções simpáticas, não necessariamente eficientes, mas que conquistam clientes num primeiro momento e drenam receitas importantes.

Quando falamos de transformação digital, o primeiro fator que salta aos nossos olhos está sempre ligado à tecnologia envolvida na operação, mas na maioria dos casos isso não é o fundamental. Para se ter um processo exitoso é necessário um bom trabalho de consultoria, com uma análise sólida e integrada, focada no cliente, observando o core business da empresa, entendendo seu problema e, a partir daí, traçando um planejamento estratégico e faseado focado nas mudanças necessárias.

Mas, para isso acontecer, é necessário que a empresa e suas lideranças estejam dispostas a entrar no projeto sem olhar para trás. Entender que para mudar é necessário renunciar a processos, tecnologias, costumes e abraçar novas prioridades, que fazem mais sentido para o atual momento da companhia. Isso é fundamental para se criar um caminho transformador, mas consequentemente acarreta criação de departamentos, extinção de outros e por aí em diante. É realmente uma mudança pautada pela necessidade do presente e olhando para o futuro.

Podemos ilustrar isso com um projeto implantado pelo Grupo Fleury, que possui mais de 10 mil funcionários. Trata-se de uma plataforma que utiliza inteligência artificial para indicar níveis de demanda em tempo real e previsões continuamente atualizadas em todo o seu portfólio de serviços médicos. Ela reduziu o tempo necessário para a criação do forecast de vendas, além de ter tornado as previsões mais precisas e granulares, com uma margem de erro geral na casa de um dígito percentual.

Mas é importante lembrar que se transformar digitalmente não significa apenas um projeto com começo, meio e fim – deve ser um processo contínuo, que vai sendo aprimorado e modificado durante sua implantação. Uma vez dentro, não existe saída. Precisamos reforçar que essa é a única forma de se proporcionar a melhor experiência ao cliente, garantindo que ele esteja no centro da estratégia.

Querendo ou não, de modo mais ou menos eficiente, a transformação digital está acontecendo e para torná-la mais efetiva, além de soluções que suportem o processo de decisão com base em ampla análise de dados, é necessário ter profissionais capacitados, com boa formação, que consigam enxergar o problema e trazer soluções eficientes e reais, e que tornem a experiência do cliente mais satisfatória –  pois sabemos que hoje, se não agradá-los, a mudança para um competidor é rápida e certeira, muitas vezes ao alcance de um simples clique.   

Quem ficar parado no tempo e não conseguir enxergar a tempestade que está vindo, será engolido por ela e, muito provavelmente, deixará de existir em um curto espaço de tempo. Quem vai esperar para ver?

Alexandre Graff, vice-presidente da FICO América Latina e Caribe.

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