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Mercado de wearables explode em 2020 e deve seguir crescendo em 2021, diz IDC Brasil

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O mercado de wearables não pode reclamar de 2020. No Brasil, duas categorias de dispositivos vestíveis tiveram performance de vendas surpreendente. No ano, foram vendidos 1.394.857 fitbands e smart watches, alta de 81% em relação a 2019, e 569.781 fones de ouvido truly wireless com alguma conexão com a internet ou função inteligente, alta de 284%. Somando as duas categorias, a receita foi de R$2.242.716,242. Os dados são da IDC Brasil, que no ano passado passou a estudar também a categoria de fones de ouvido sem fio e integrados a outros dispositivos.

O bom desempenho de vendas começou no 1º trimestre de 2020, quando foram comercializados 319.074 pulseiras e relógios inteligentes, e 113.340 fones de ouvido truly wireless, números que indicavam um crescimento, ano a ano, de 266% e 312%, respectivamente. No 2º trimestre, com a quarentena e o fechamento do comércio, as vendas diminuíram, mas, comparadas a 2019, continuaram em alta. Entre abril, maio e junho foram vendidos 209.907 fitbands e smart watches, crescimento de 21%, e 74.678 fones de ouvido, alta de 308%.

“O boom foi no 3º trimestre, quando alguns fabricantes reportaram índices históricos de vendas, e com uma demanda que se estendeu pelo 4º trimestre”, conta Renato Murari de Meireles, analista de pesquisa e consultoria em Mobile Phones & Devices da IDC Brasil, empresa líder em inteligência de mercado, serviços de consultoria e conferências com as indústrias de Tecnologia da Informação e Telecomunicações. Segundo ele, a pandemia estimulou o uso de devices para monitorar a saúde e as atividades físicas, e levou o mercado a contabilizar vendas de 335.871 pulseiras e relógios inteligentes nos meses de julho, agosto e setembro de 2020, e de 530.005 no 4º trimestre, altas de 24% e 122%, respectivamente. Explosão de consumo ainda maior experimentou a categoria de fones de ouvido sem fio. No 3º trimestre de 2020 foram vendidos 1431.18 dispositivos, alta de 326% em relação ao mesmo período de 2019, e no 4º trimestre foram mais 238.645, alta de 246%.

Segundo o analista da IDC, vários fatores contribuíram para o crescimento agressivo do mercado de fones truly wireless. “Além da pandemia, que transferiu as videoconferências profissionais e as aulas para a sala de casa e levou o consumidor a investir em devices para executar as atividades de trabalho ou de estudo com mais privacidade e conforto, novos players surgiram no mercado e aumentaram a competitividade”. Meireles ainda destaca o fechamento das fronteiras, que fomentou o mercado interno, iniciativas de bundle e a oferta de produtos no varejo. “De modo geral, tudo conspirou a favor do mercado de wearables em 2020. Não faltou produto no varejo e ainda houve uma erosão nos preços, com produtos mais acessíveis”. No 4º trimestre, por exemplo, baixou o ticket médio das duas categorias agora estudadas pela IDC Brasil. Fitbands e smart watches passaram de R$1.507 no 3º trimestre para R$1.199, em média, e os fones de ouvido sem fio de R$814 para R$710. Para 2021, a previsão da IDC Brasil é que os preços continuem em queda, por conta da maior oferta de marcas e modelos. “Essa dinâmica começou no 3º trimestre de 2020, se estendeu até o final do ano passado, e deverá permanecer este ano”, prevê Meireles

Expectativas para o mercado de wearables em 2021

Em 2021, fitbands, smart watches e fones de ouvido truly wireless continuarão experimentando forte crescimento. “São categorias novas, com muito espaço para crescer e que vêm sendo bastante demandadas por um público adepto a estas tecnologias e consequentemente muito ofertado pela indústria, com recursos e conceitos cada vez mais aprimoradoss”, justifica o analista da IDC Brasil. A projeção para este ano é de vendas de mais de dois milhões de unidades de pulseiras e relógios inteligentes, e de quase um milhão de fones de ouvido sem fio e com integração a outros dispositivos.

A IDC Brasil também prevê que o setor corporativo entrará no mercado de wearables com um pouco mais de força. Segundo Meireles, o varejo continuará sendo o caminho natural dos dispositivos vestíveis, mas com o trabalho remoto cada vez mais adotado e com perspectivas desse modelo se manter ou ser adequado mesmo com o fim da pandemia, deve aumentar o número de empresas que, além de equipar seus funcionários com um notebook, oferecerá também um fone de ouvido com as facilidades de conexão com a internet e/ou outros dispositivos. Quanto à categoria de pulseiras e relógios, já contou com iniciativas B2B na área da Saúde em 2020 e em 2021 deve ganhar um reforço. “A indústria percebeu o que o IDC Consumer Behavior 2020 constatou – que os jovens aderem aos wearables pelos recursos fitness e os mais velhos pelas possibilidades de cuidados com a saúde – e está investindo em devices com recursos como oxímetro, , e medidor de frequência cardíaca entre outras funções health mais avançadas, sendo uma conexão com médicos e hospitais”, conta o analista da IDC Brasil.

Nesse contexto, o analista da IDC Brasil lembra do crescimento do IoT (internet das coisas) e da relevância do smartphone como alavancas para o mercado de wearables, em geral. “Tudo passa pelo celular, e integrar o relógio ou a pulseira com outros equipamentos da casa fará os vestíveis crescerem ainda mais”.

Mercado cinza – alerta

Fechando o ano de 2020 e projetando 2021 para o mercado de wearables, a IDC Brasil faz um alerta sobre o grey market. “Os dispositivos inteligentes entraram para a lista dos altamente desejáveis pelo consumidor e abriram o apetite de importadores não oficiais, vendedores ilegais e até de falsificadores. Temos percebido um movimento agressivo do mercado cinza de wearables e com chances até de superar a venda de smartphones no mercado ilegal”, diz o analista da IDC Brasil, alertando para os impactos dessas vendas não oficiais para os fabricantes, para a arrecadação de impostos e para o consumidor, que não deve se arriscar usando um “vestível” sem as autorizações e garantias que esse tipo de produto precisa ter e oferecer.

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