Brasil terá o primeiro aplicativo destinado ao registro de eventos adversos na área médica

0

A Sociedade de Anestesiologia do Estado de São Paulo (SAESP) lançou nesta sexta-feira, 24, no 12.º Congresso Paulista de Anestesiologia (COPA), o primeiro aplicativo para celular destinado ao registro de Eventos Adversos (EAs). O objetivo é incentivar os profissionais a relatarem – sob sigilo – ocorrências antes, durante e após as cirurgias. Com esses indicadores, a intenção é reforçar as iniciativas realizadas para a promoção da Segurança do Paciente.

O Sistema de Relato de Incidentes em Anestesia (SRIA) é resultado de uma parceria da SAESP com o Anesthesia Quality Institute (AQI). As informações submetidas ao SRIA são transmitidas para um servidor de forma segura, criptografadas e mantidas sob proteção de acesso externo, garantindo, desta maneira, a confidencialidade das informações.

Além disso, a SAESP está impossibilitada juridicamente de revelar a instituição, paciente ou médico envolvido nos relatos recebidos.
Nos relatos submetidos sob a forma confidencial, um membro do Comitê de Segurança do Paciente da SAESP poderá contatar o autor da notificação para solicitar informações adicionais e dar seguimento à análise, para então fornecer orientações e esclarecimentos. Um número de referência fornecido poderá ser utilizado em revisões posteriores.

O desenvolvimento e suporte tecnológico no Brasil foi estabelecido com a FusionHealth, empresa com experiência na área de tecnologia em saúde e no setor da anestesia, em particular. "Os dados inseridos no SRIA permitirão, ao longo do tempo, a consolidação de um mapeamento real do cenário de Eventos Adversos no país, que ainda é caracterizado pela subnotificação. A intenção é que esses dados sejam trabalhados juntamente com as ações que promoveremos com a Fundação para a Segurança do Paciente que iniciará sua atuação no início do segundo semestre", afirma o presidente da SAESP, Enis Donizetti Silva.

Dados estimados mostram que, no Brasil, os chamados Eventos Adversos durante ou após os procedimentos anestésicos devem atingir entre 10% e 15% do total de procedimentos, mas estes números não são concretos.

"Temos que criar barreiras para que a vida do paciente não seja colocada em risco. Mas só vamos poder desenvolver qualquer ação a partir de dados referentes aos problemas reais que promovem erros dentro das instituições de saúde. Identificar e analisar as dificuldades, as causas, representam o primeiro passo para desenvolver as soluções e aperfeiçoar os padrões de segurança", explica o presidente da SAESP.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.