A presença dos computadores nas empresas ficou em 97% no ano passado, enquanto que a penetração da internet alcançou 95% das companhias brasileiras, revelou o TIC Empresas 2010, estudo realizado pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br).
O uso de computadores pelas empresas no país se manteve no mesmo patamar da pesquisa anterior, feita em 2009. Já a utilização da internet no segmento corporativo teve expansão de dois pontos percentuais na comparação com o índice de 93% de 2009.
Se for considerado o uso de computadores nas empresas de 50 ou mais funcionários, este chegou à casa dos 100%. Entre as companhias com 10 a 49 empregados, a taxa é de 97%. A presença da internet, por sua vez, é de 100% nas corporações de 250 ou mais funcionários, de 99% naquelas que contam com 50 a 249, e de 94% naquelas em que a força de trabalho é de 10 a 49 pessoas.
Atualmente, pontuou o relatório, 40% das empresas têm até cinco PCs, 23% contam com 6 a 10 computadores, 19%, com 11 a 20, e 6%, com 21 a 30. Somente 11% das empresas do Brasil detêm 31 ou mais PCs. O uso de celular corporativo, por sua vez, é realizado por 65% das empresas
O estudo revelou ainda que no ano passado 89% das empresas usam a internet para fazer consultas e interagir com órgãos públicos, pouco superior aos 87% de 2009. O número de companhias que realiza o pagamento de taxas e impostos pela web, entretanto, deu um salto de 8 pontos percentuais, atingindo 58% na pesquisa de 2010, contra índice de 50% na de 2009.
Segundo Alexandre Barbosa, gerente do CETIC.br, a universalização do computador e da internet nas empresas brasileiras e o avanço da conectividade não refletem maior nível de apropriação da tecnologia. "Isso se comprova pela estabilidade no conjunto de indicadores que denotariam maior integração da cadeia produtiva, como os de transações realizadas no ambiente virtual. Agora que as empresas já substituíram o papel pelo computador, chegou a hora de aproveitar todo o potencial da tecnologia. Isso vai incrementar ainda mais as relações entre empresas, clientes e governo apoiadas na internet", afirmou ele, se referindo ao fato que a taxa das empresas que realizando transações pela web, como pedidos e compras, ficou estável em 55%.
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