Não é difícil perceber a revolução móvel em andamento, mas os varejistas ainda estão se adaptando ao mar de mudanças que o celular vem provocando no comportamento de compra dos consumidores – e, portanto, nas iniciativas e no marketing das empresas.
Por conta disso, os orçamentos para marketing móvel este ano não passam de 3,9% do total de verbas para marketing interativo no varejo. Isso sugere uma estratégia de testar e medir a resposta do consumidor.
A constatação é do estudo State of Retailing Online, realizado pela empresa de pesquisa Forrester Research junto a companhias norte-americanas.
Segundo o vice-presidente e principal analista da Forrester, Sucharita Mulpuru, as empresas se mostram apreensivas quanto a se comprometer com orçamentos maiores para publicidade e comércio móvel porque o comportamento do consumidor e o cenário dos dispositivos estão mudando muito rapidamente.
"E-commerce em desktops e laptops levou tempo também. Mas a expectativa é que, futuramente, os varejistas aumentem seus orçamentos de marketing móvel para lidar com o fato de que o canal móvel tem aspectos únicos – como mensagens disparadas com base em localização — que podem ser formas atraentes para conexão com clientes", diz.
O estudo conclui que a busca e o e-mail ainda são "reis" entre os varejistas. Oito em cada 10 dizem que essas ferramentas são os dois principais condutores de tráfego de web de uma empresa a partir de smartphones ou tablets. Eles relatam que, em média, 20% dos e-mails abertos em uma determinada campanha são abertos em dispositivo móvel.
Outra constatação é que o código QR (QR code) ganha popularidade como ferramenta de marketing móvel entre varejistas de todos os portes. Três quartos (75%) dizem que agora oferecem aos clientes a tecnologia 2D e outras opções de escaneamento de código de barras.
Para as empresas com menos de US$ 10 milhões e mais de US$ 100 milhões em vendas anuais online, os códigos QR posicionam-se como ferramenta de marketing móvel líder em termos de uso. Já entre varejistas de médio porte, o e-mail móvel lidera, seguido do código QR.