Compras públicas on-line crescem 85% com aumento dos gastos do governo

0

O setor público brasileiro movimentou no primeiro semestre R$ 1,56 bilhões em compras públicas realizadas via internet, segundo o e-Licitações, índice mensal desenvolvido pela FF Pesquisa & Consultoria/e-stratégia pública e divulgado em parceria com a Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (Camara-e.net).

O volume de transações cresceu cerca de 85% em relação ao mesmo período do ano passado, cuja movimentação foi de R$ 844 milhões. No entanto, o percentual em relação ao valor total comprado nesse período on e off-line ficou em 3,9%, representando uma estagnação em relação ao verificado nos últimos meses de 2005 ? média de 4 % no último trimestre de 2005.

?Percebe-se que no primeiro semestre o volume de compras eletrônicas no Brasil cresceu muito em termos absolutos, no entanto fica claro um aumento de grande intensidade no gasto público, provavelmente por ser ano eleitoral. Isso gerou a estagnação em termos percentuais do índice?, analisa o diretor de tecnologia da consultoria, Galileu Vieira. Ele acrescenta que as previsões indicavam um aumento maior do percentual de compras eletrônicas, fechando o ano próximo dos 10%. ?Os dados do primeiro semestre nos forçam a revisar o valor, até mesmo para os 5% do final do ano passado; esta poderá ser a primeira vez que as compras eletrônicas não crescem em termos relativos.?

A explicação para essa mudança de tendência pode estar na atipicidade de um ano eleitoral. Os analistas do setor público crêem que a necessidade dos políticos em mostrar os resultados antes das eleições imprime uma velocidade maior nas licitações de investimentos, que na maioria dos casos são contratos estratégicos, fora, portanto, do escopo das modalidades eletrônicas ? que negociam itens comoditizáveis.

Outra questão importante é que a participação da União em termos do valor negociado via compras eletrônicas não pára de crescer. ?Em 2005 ela fechou o ano com a participação de 29%, já neste ano, no primeiro semestre, observamos que este valor salta para 43%. O governo federal torna-se assim o maior usuário do sistema de compras eletrônicas?, explica Vieira.

Para Cid Torquato, diretor executivo da Camara-e.net, existem duas explicações para esse fato. ?O governo federal reduziu o volume negociado por pregão presencial em benefício do pregão eletrônico e o volume negociado pelo e-licitações do Banco do Brasil no primeiro semestre caiu em comparação com o ano passado ? de R$ 508 milhões para R$ 493 milhões ?, enquanto os outros participantes, como União e Estados, aumentaram consideravelmente seus negócios pela iternet?, finaliza.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.