Junho registra 1,2 milhão de habilitações, mas desativação de celulares reduz total em 0,67%

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Mesmo com 1,2 milhão de novas habilitações ao mercado de telefonia móvel no mês de junho, o Serviço Móvel Pessoal (SMP) registrou queda de 0,67% no número de linhas em operação, encerrando o semestre com 91.760.171 assinantes, contra 92.377.336 de maio. Os pré-pagos representam 80,54% do total e os pós-pagos, 19,46%.

É a primeira vez que a Anatel registra redução na planta brasileira de telefonia móvel desde que passou a fazer o acompanhamento dos dados, em 1999. A queda decorre de um ajuste promovido pela Vivo, que resultou na exclusão de algo em torno de 1,8 milhão de habilitações do seu cadastro de assinantes. Tais assinantes estavam na condição de inativos, pois o aumento da concorrência no mercado de telefonia móvel os levaram a mudar de operadora. Como efeito da exclusão, o mês de junho ficou com saldo negativo de 617.165 habilitações.

A região Nordeste e oito de seus estados (Piauí, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Alagoas, Bahia e Sergipe), junto com Minas Gerais e Rio Grande do Sul, foram os únicos que registraram expansão na base de assinantes e na teledensidade no mês. As demais regiões e estados apresentaram queda na densidade de maio para junho, afetados pelo ajuste promovido pela Vivo.

Enquanto nos seis primeiros meses a base de assinantes registrou 5.549.885 novas adesões, no mesmo período do ano passado o número de adesões foi de 9.912.097 ? o que representa uma queda de 44,01% ou 4.362.212 adesões a menos, se comparados os dois períodos. Ainda assim, nos 12 meses compreendidos entre julho de 2005 e junho de 2006, o serviço agregou 16.242.547 novos assinantes à planta ou 21,5% de crescimento no número de assinantes em um ano. Nos 12 meses anteriores (julho de 2004 a junho de 2005) essa expansão, no entanto, foi de 39,76%.

Houve desaceleração também na teledensidade do serviço móvel no Brasil, que apresentou índice nacional de 49,24 em junho, contra 49,62 em maio ? uma redução de 0,77%. O indicador é utilizado internacionalmente para demonstrar a quantidade de telefones em serviço em cada grupo de 100 habitantes.

Entre as regiões, a líder Centro-Oeste foi a que registrou a maior queda no indicador (de 6,46%), sendo que o Distrito Federal e Mato Grosso tiveram, entre as unidades da federação, as maiores reduções da densidade no mês: 7,52% e 7,62% de queda, respectivamente. Quedas mensais também foram registradas nas densidades do Acre, Mato Grosso do Sul (de 6,87% em ambos), Tocantins (de 6,29%) e Rondônia (de 5,81%).

No acumulado do ano, a teledensidade encolheu no Acre (0,14%) e Rondônia (1,24%), mas foi mais fortemente afetada no Mato Grosso (queda de 3,10%), Mato Grosso do Sul (queda de 3,86%) e Distrito Federal (queda de 4,1%). A presença de um novo competidor na Região II do Plano Geral de Autorizações do SMP, que abrange as localidades acima ? resultando no aumento de opção para o usuário ? explica em parte a redução de assinantes ocorrida na Vivo.

Mesmo assim, a maior teledensidade entre as unidades da federação continua sendo a do Distrito Federal (DF), com índice de 110,73, o que representa 1,1 telefone celular em serviço para cada habitante, seguido do Rio Grande do Sul, com índice de 65,69 (ou 0,65 telefone celular para cada habitante). A menor densidade entre as unidades da federação é a do Maranhão (índice de 19,51 ? ou 0,19 telefone celular para cada habitante). O Rio de Janeiro é o terceiro em densidade, com índice de 64,5, seguido do Mato Grosso do Sul (59,8), Santa Catarina (56,47), Goiás (56,19), São Paulo (54,95), Mato Grosso (52,14), Paraná (51,01) e Minas Gerais (50,75) ? todos eles com densidade acima do índice do Brasil (49,24).

A exemplo dos últimos meses, o Piauí mantém a dianteira no crescimento da densidade, com avanço de 17,35% no ano e 44,07% em 12 meses ? embora detenha apenas a penúltima posição (com índice de 25,37 no indicador) entre as unidades da federação, à frente apenas do Maranhão, com índice de 19,51. O segundo maior crescimento do indicador é da Paraíba (15,72%), seguido da Bahia (15,10%), Pernambuco (14,44%), Alagoas (14,41%), Ceará (13,80%), Rio Grande do Norte (13,68%), Sergipe (12,38%) e Minas Gerais ( 10,59%).

A região Nordeste continua em recuperação do indicador, devido ao bom desempenho registrado pelos seus estados. Em 2004, a região tinha índice de densidade de 21,32, chegou a 30,52 em dezembro de 2005 e agora está com 34,81 ? ainda a menor entre todas as regiões brasileiras.

O Norte registra índice de 35,49 em maio e o Sudeste, de 55,4. O Sul permanece com a segunda melhor densidade, com índice de 58,09, atrás apenas do Centro-Oeste, líder nacional no indicador, com índice de 65,74.

A Vivo continua liderando o mercado com 31,09% dos assinantes brasileiros de telefonia móvel (detinha 32,99% em maio), seguida da TIM com 24,36% (23,59% em maio). A Claro tem 22,83% (detinha 22,24% em maio). A Oi (Telemar) tem 13,12% (12,78% em maio); a Telemig Celular/Amazônia Celular, 5,07% (5,01% em maio); a 14BrasilTelecom GSM, 3,02% (2,86% em maio); a CTBC Telecom Celular mantém os mesmos 0,44% de abril, enquanto a Sercomtel Celular continua com 0,09% do mercado.

A Tecnologia GSM permanece em expansão e na liderança do mercado, com 53.725.632 acessos (eram 52.055.913 em maio e 46.009.905 em janeiro), ou 58,55% do total. A tecnologia CDMA tem 24.011.592 acessos em serviço (contra 25.369.834 em maio), ou 26,17% do total, e a TDMA, 13.908.735 acessos (14.828.666 em maio) ou 15,16%. A tecnologia analógica AMPS possui apenas 114.212 acessos (0,12% do total).

A consolidação dos números mensais da telefonia móvel celular e telendensidade estará disponível no endereço eletrônico da Anatel na internet (www.anatel.gov.br), nos atalhos ?Comunicação Móvel?/?Móvel Pessoal?/?Dados do SMC-SMP? e arquivos (em verde, na área central da página).

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