No início dos anos 1990, o mundo foi apresentado à internet. Hoje já acostumados com a world wide web (www), estamos em plena onda de redes sociais, que logo propiciarão a ampliação (ou advento) do novo canal de convergência com o significativo rótulo/identificação de mobilidade. Ela será um braço ainda mais forte da comunicação, incluindo aplicativos para tablets, prontos para acessar íntegra de jornais ou poder realizar compras pelo seu smartphone. Algumas empresas já usam a mobilidade para promover melhorias em suas atividades. Há casos de construtoras que têm aplicativos móveis capazes de ajudar na gestão de operação de obras em curso em diversas frentes e canteiros. Mas ainda se vê uma certa resistência na adoção dos tablets como ferramentas corporativas por uma série de aspectos. Um desses entraves é o preço. O aparelho é ainda muito mais caro do que um netbook ou um notebook. Por isso, muitos gestores pensam no porquê de comprar um tablet se podem adquirir um notebook por um preço mais acessível.
Com a possível diminuição de tributos que está sendo negociada, falamos de uma redução de até 30% no preço, o que pode chegar à R$ 500 de desconto em um iPad. Tal abatimento será ainda mais vantajoso para a empresa se adquirir um lote grande, de 50 ou até 100 tablets. Com a economia obtida, ela talvez possa pagar o projeto ou aplicativo que vai desenvolver para hospedar nos tablets.
Uma preocupação das áreas de tecnologia da informação é o que e como os usuários estão fazendo com os dispositivos móveis. Alguns dispositivos já foram criados com essa perspectiva. E não se trata só de tablets. O BlackBerry, por exemplo, foi idealizado para o mundo corporativo, com controle nativo de segurança, criptografia, de contingência de dados.
Os apoios político-econômicos que o setor de informática e tecnologia recebem são sempre muito positivos para fomentar o uso de grande escala das tecnologias emergentes, como é o caso dos tablets, uma conquista tecnológica ainda nova mesmo em termos mundiais. No Brasil, a entrada de um fabricante de grande porte, como a Foxconn, já foi suficiente para desencadear um movimento político, econômico e até tributário, os quais, certamente, irão reduzir a barreira de entrada desse produto, tanto no mercado de varejo quanto no corporativo.
No mercado corporativo especificamente, pelo nosso filão de atuação, vai possibilitar uma abrangência muito maior, abrindo o leque de uso e aplicações que vão poder ser hospedadas dentro de um tablet. Fala-se mais do iPad, mas, consequentemente, isso vai se refletir também no Galaxy Tab e quaisquer outros, que também são muito bons e têm uma aplicabilidade tão boa quanto a do iPad.
Acredito que esse efeito vá gerar uma adesão maior, tanto na compra do dispositivo, como na demanda por aplicativos por mais convergência e facilidade de uso desses produtos. Esse movimento vai aumentar cada vez mais e, no Brasil, ele está ganhando players dedicados a isso e pessoas que advogam esse viés de mobilidade de uma forma muito profissional.
*Bruno Badini é CEO da Vertigo Tecnologia.
- Bruno Badini, da Vertigo