Desbaratada maior rede de hackers financeiros dos Estados Unidos

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Promotores federais de Nova Jersey e Nova York acusaram uma rede de hackers do Leste Europeu que roubava de informações de cartão de crédito e outros dados pessoais de empresas financeiras e varejistas. As companhias afetadas pelas fraudes foram a bolsa eletrônica Nasdaq, o índice Dow Jones e as empresas 7 Eleven, Carrefour, JC Penney, Hannaford, Heartland, Wet Seal, Commidea, Dexia, JetBlue, Euronet, Visa Jordan, Global Payment, Diners Club Singapore e Ingenicard, em Nova Jersey, e os bancos Citibank e PNC, em Nova York.

O promotores disseram que as invasões remontam a 2005 e as classificaram como o maior esquema de fraudes já investigados no país, que geraram prejuízo de centenas de milhões de dólares. Documentos judiciais, revelados nesta quinta-feira, 25, oferecem uma quantidade incomum de detalhes de crimes que normalmente são envoltos de segredo. As empresas, para manter a confiança do cliente, normalmente são avessos a revelar terem sido violadas.

Os documentos judiciais sublinham a natureza descarada e generalizada de crimes cibernéticos. Segundo a acusação, os membros da conspiração, observavam vítimas potenciais, com visitas a lojas de varejo para analisar seus sistemas de processamento de pagamento. Os acusados, que têm entre 26 e 32 anos, são quatro russos e um ucraniano. Dois eles foram detidos, um extraditado e outros três continuam em paradeiro desconhecido.

Em alguns casos eles teriam instalado software espião nos sistemas de computadores corporativos para que pudessem criar back doors (portas traseiras) que lhes davam acesso aos sistemas em uma data posterior. Os hackers realizavam os ataques com uma rede de computadores alugados em todo o mundo — Nova Jersey, Letónia, Bahamas, Panamá e outros países —, de acordo com os promotores.

"Os acusados são supostamente responsáveis de liderar uma conspiração mundial de hackers que atacou uma grande variedade de consumidores e entidades, causando centenas de milhões de dólares em perdas", explicou em comunicado o fiscal federal de Nova Jersey, Paul Fishman, segundo o The Wall Street Journal

A complexa trama de fraude bancária, roubo de identidade e invasão cibernética, entre outros crimes, rendeu US$ 160 milhões a seus executores e US$ 300 milhões em perdas registradas por apenas três das empresas afetadas, segundo a procuradoria de Nova Jersey. Dados das contas e PINs de cartões dos clientes do Citibank e do PNC se traduziram em um prejuízo de US$ 7,8 milhões, além de acessar os computadores de Nasdaq, roubar e manipular seus dados, apesar de não acessarem os dados de compra e venda de valores.

1 COMENTÁRIO

  1. Uma questão genérica: as fraudes estão aumentando no mundo ou os Executivos estão ganhando mais cultura e preocupação com a Segurança das Informações e a partir dai mais casos são identificados e divulgados? Difícil resposta!

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