O terceiro painel da primeira edição do Data Management Fórum, transmitido on line nesta terça-feira, 25, discutiu quais as inciativas que as empresas devem observar para serem orientada por dados e se tornarem uma empresa data driven.
Participaram da live Alessandra Carrasco, coordenadora de Projetos e Parcerias Estratégicas da Roche Químicos e Farmacêuticos; Luiz Malere, gerente de customer advisor e inovação do SAS; Ana Paula Thesing, CMO e Negócios internacionais na BIMachine e Alexandre Mariano Alves, head de Advanced Analytics da BRQ Digital Solutions.
Para Alessandra Carrasco, da Roche, no caso particular de sua empresa a estruturação se baseou nos pilares da estrutura de uma empresa movida a dados: na garantia de dados precisos e de qualidade por meio de padronização e testes, no rastreamento da jornada do cliente de ponta a ponta para otimizar sua experiência e na ação com base em insights holísticos em tempo real para impulsionar o engajamento e a receita. "Formamos uma equipe multidisciplinar que nos garantisse um entendimento de todas as áreas e suas reais demandas e necessidades", afirmou.
Segundo Ana Thesing, da BIMachine, ao analisar o conceito e empresa data driven no qual a tomada decisões está centrada nos dados é necessário voltar-se para o cerne do conceito. "Data driven não se centra somente na capacidade de processamento da empresa, mas também em um de seus ângulos: os gestores (as pessoas), o feeling desse gestor em relação aos negócios e como utilizar os dados para tomar decisões", lembra.
"Na maioria das empresas os dados estão espalhados por várias áreas da organização e para que a mudança ocorra o analytics, as pessoas e os processos devem se integrar e interagir. Este processo de mudança é cultural, onde os atores passam a pensar empregando design thinking, AI, Machine Learning etc para remodelar a forma tradicional da companhia. ", disse Alexandre Alves da BRQ, "Como integradores somos formadores de opinião também e devemos fomentar a parceria da TI como meio e não como fim em si mesma. Hoje o CDO é uma figura que tem o business em mente e um grande aliado dos CIO's".
Como argumentaram os especialistas, as pessoas, processos e tecnologia formam a tríade para as empresas data driven e os squads são os operadores desse processo. "Os squads multidisciplinares conseguem entregar ao final do sprint um dado íntegro e refinado, útil para os negócios devido a heterogeneidade dos perfis que trabalham conjuntamente. Mas além da diversidade de áreas trabalhando nos dados, outro grande pilar é a sua democratização, um dos princípios das boas práticas na gestão da informação", acrescentou Luiz Malere da SAS.
"Entretanto este time ideal é formado ao longo da jornada de empresa", argumenta Alessandra Carrasco, "Ao se seguir a metodologia ágil, este time deverá estar aberto para aprender e reaprender e disposto a fazer ajustes rápidos para implementar as estratégias sugeridas."
Conforme pontuou Ana Thesing em empresas de menores, o desenvolvimento ocorre de forma departamental e horizontalmente o que encurta o processo de sprint, mas garante a agilidade necessária para o deployment.
"É importante que os clientes tenham esta percepção de que podem ser tão ágeis quanto uma empresa menor, mas também a percepção e poder mudar e reconstruir, corrigir o cursos e mostrar que há sempre um ganho financeiro no final do processo, seja em grandes empresas sejam em empresas menores", garante Alexandre Alves.
Como principais recomendações Luiz Malere, observa que o mapeamento da jornada do cliente, integração de aplicativos mobile amigáveis, um DevOps cuja estrutura possibilita agilidade e um atendimento Omnichannel, além da instituição e uma cultura topdown no conhecimento da TI e dos negócios podem trazer insights mais significativos para modelos cada vez mais consistentes de negócios baseados em dados.
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