Menos de uma semana depois de a Salesforce.com e o grupo Walt Disney terem desistido de adquirir o Twitter, a rede de microblogs deve anunciar um corte de 8% de postos de trabalho, o que representa cerca de 300 funcionários. Esta é a mesma percentagem de empregados demitidos no ano passado, quando cofundador Jack Dorsey assumiu como CEO, informa a Bloomberg, citando pessoas familiarizadas com o assunto. O número total de cortes ainda não está consolidado e, portanto, pode mudar e aumentar, acrescentaram as fontes.
Um anúncio das demissões pode ser feito antes, inclusive, de Twitter divulgar os resultados financeiros do terceiro trimestre na quinta-feira, 27. Além de não ser rentável, a empresa está tentando controlar os gastos à medida que o crescimento das vendas diminui.
No início deste mês, o Twitter chegou até a contratar alguns bancos para coordenarem a venda de seus ativos, mas a Salesforce.com e a Disney, que haviam manifestado interesse na em participar da concorrência, desistiram do processo.
Os cortes de empregos sugerem que a rede de microblogs não deve atingir as estimativas de analistas para o terceiro trimestre ou rever as perspectivas para o quarto trimestre.
Os rumores desta terça-feira fizeram as ações Twitter atingirem um pico de queda de 4,9%, que depois recuaram menos, 4,2%, para US$ 17,28, às 12h16 (horário de Brasília), mas acabaram fechando o pregão normal da Nasdaq em baixa de 4,27%, negociadas a US$ 17,26.
Nos últimos 12 meses, o preço das ações do Twitter caiu 40%, o que tem tornado mais difícil para a empresa pagar seus engenheiros com a distribuição de ações e, por tabela, competir na busca de talentos com rivais como o Google e o Facebook. A redução do número de empregados visa aliviar um pouco essa pressão.