Anatel cria comissão para prevenir possibilidade de "caladão"

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A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) quer buscar soluções para garantir que o Brasil não sofra nenhum tipo de problema grave em relação aos serviços de telecomunicações, principalmente de telefonia. Por esse motivo, uma comissão começou a se reunir nesta quarta-feira, 25, em busca de saídas para evitar que o Brasil passe por um "caladão".
O termo foi usado pelo próprio presidente da agência, Ronaldo Sardenberg, para se referir à possibilidade de o sistema telefônico do país passar por uma pane semelhante à que recentemente afetou o sistema elétrico. "Há muita informação ou desinformação sobre a perspectiva de um apagão no setor. Seria um caladão. Isso tem me preocupado muito e estou tomando as providências", disse. De acordo com Sardenberg, a criação dessa comissão para avaliar a situação das redes de comunicações do país surgiu a partir de alguns "alarmes" dados pela imprensa.
Recentemente, tem sido noticiado que a estrutura disponível para atender a telefonia fixa, celular e internet não está suportando a demanda e em breve o Brasil pode ficar mudo. "Se você é uma autoridade pública, não pode simplesmente ignorar isso", disse Sardemberg.
O presidente da Anatel não quis adiantar o que exatamente será estudado pela comissão, mas disse que serão abordadas questões técnicas e investimentos. Ele também não quis comentar o impacto do Plano Nacional de Banda Larga, que foi apresentado na terça-feira, 24, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sobre o sistema já próximo da saturação.
Segundo Sardemberg, a previsão é que o setor de telecomunicações totalize investimentos de R$ 250 bilhões até 2018. Entretanto, reiterou, o crescimento da demanda, especialmente para telefonia celular e banda larga móvel, poderá se juntar à entrada de novos aparelhos no país com os jogos da Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas em 2016.
A preocupação é que a sobrecarga nesses serviços possa parar todo o sistema. "De maneira geral temos uma preocupação imensa com o funcionamento das redes. Nós não podemos ficar parados, não podemos ficar olhando", completou Sardenberg. As informações são da Agência Brasil.

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