Número de healthtechs brasileiras salta 141% em cinco anos, diz pesquisa

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Nos últimos cinco anos, explodiu o número de healthtechs brasileiras. Eram 160 startups do segmento, em 2014, e, este ano, chegaram a 386 – uma alta de 141%. Os dados são do mais recente Distrito Healthtech Report, uma das principais fontes de inteligência sobre novas tecnologias e inovação no mercado de saúde do Brasil.

São empresas com propostas inovadoras e disruptivas, que estão revolucionando a saúde ao trazer uma nova forma de consumidores interagirem com os serviços médicos. Suas soluções melhoram o acesso a serviços, incentivam à prevenção, dão precisão a diagnósticos, aceleram processos burocráticos e têm potencial para transformar o frágil sistema atual.

Esse boom acompanha uma tendência mundial, iniciada em 2014, quando grandes empresas de tecnologia passaram a voltar os seus olhos e fazer investimentos mais robustos no setor. Segundo o documento do Distrito, entre aquele ano e ano passado, globalmente o valor dos investimentos em healthtechs dobrou: passou de US$ 7,1 bilhões para US$ 14,6 bilhões.

O Brasil é o maior mercado de saúde da América Latina e o sétimo maior do mundo, com mais de US$ 42 bilhões gastos anualmente em cuidados de saúde privados, de acordo com o mais recente Global Startup Ecosystem Report – pesquisa do Startup Genome, que avalia os principais ecossistemas e as cidades mais promissoras no campo da inovação em todo o mundo. O setor também sempre figurou no topo dos gastos governamentais.

Por aqui, as heatlhtechs cresceram na esteira desse mercado aquecido, principalmente para resolver problemas comuns e complexos deste ecossistema, cujo foco é sempre beneficiar o paciente, visto que é o maior impactado em todo o processo. São soluções para incentivar à prevenção, democratizar o acesso aos serviços, promover desfechos clínicos mais assertivos, diminuir a ineficiência gerada por longos tempos de espera e filas e modernizar a infraestrutura precária de muitos hospitais.

O levantamento do Distrito também identificou que, um quarto (24,2%) das startups mapeadas focam na gestão e eficiência de processos em clínicas, hospitais e laboratórios. Na sequência, destacam-se as categorias de marketplace, acesso à informação e farmacêutica e diagnóstico – todas com uma representatividade maior que de 10% do total das healthtechs. A maior parte delas está concentrada no Estado de São Paulo, mas Santa Catarina também tem destaque no cenário nacional.

No estado, há uma série de exemplos de novos negócios na área. A Softplan, uma das maiores desenvolvedoras de software do país, já consolidada nos mercados de gestão pública, construção civil e Justiça, também tem investido nesse segmento.

A empresa entrega soluções a operadoras de saúde para que elas possam, através da análise de dados, gerar inteligência em ações de melhoria em processos, promoção à saúde e medicina preventiva. Seu portfólio é composto pelas soluções Dictas e BIO.

O Dictas foi desenvolvido dentro da Softplan e entrega insights para ações efetivas na gestão da saúde. Ele ajuda a reduzir custos; a identificar exames preventivos básicos que não estão sendo feitos pelos clientes da operadora; faz análise do perfil epidemiológico e classifica em grupos de risco; e oferece uma visão 360º graus de todos os dados desde clientes, serviços, prestadores e médicos, entre outras funcionalidades.

O BIO consiste em uma assistência personalizada em saúde que, por meio de uma equipe de saúde exclusiva e sempre à disposição dos beneficiários (24 horas nos sete dias da semana), atende às demandas de cada indivíduo com maior eficiência.

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