O que esperar do e-commerce brasileiro em 2017?

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Após um ano de tensão na economia brasileira, 2017 começa com uma perspectiva gradual de estabilização. O mercado de e-commerce – um dos únicos setores que mantiveram crescimento – prevê um aumento de vendas pouco maior que a inflação, prevista para 6%. Embora pareça baixo, um estudo da Bain & Company aponta que o comércio eletrônico, em 2019, deve atingir um faturamento de US$ 16 bilhões, frente aos US$ 11 bilhões registrados em 2015, um aumento bastante significativo no período, mesmo em ritmo menor que os anos anteriores devido aos desafios econômicos atuais.

No geral, o mercado está otimista. Uma pesquisa feita com empresários do varejo e prestadores de serviço pelo SPC Brasil e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostra que 58,4% dos entrevistados acredita que a economia será melhor em 2017 e estão empolgados para concretizar projetos. 27,6% pretendem ampliar o negócio e 20,9% devem lançar novos produtos ou serviços.

Parte disso certamente deve-se à necessidade do consumidor de ter um processo de compra cada vez mais simplificado e eficiente, com uma experiência única e agradável. Para tanto, é natural que empresas que desejam se destacar ou se manter à frente no mercado invistam em recursos tecnológicos cada vez mais complexos, desde processos logísticos como estoque e envio, passando pela disposição de produtos nas prateleiras, análise do perfil do cliente até o pagamento, a fim de agregar mais valor à cadeia de consumo e tornar a experiência de compra bem próxima ao entretenimento.

Em alguns países, como os Estados Unidos e China, já são utilizados recursos de realidade aumentada e realidade virtual para elevar a qualidade da experiência de compras e otimizar o trabalho do lojista nas diversas etapas no processo de venda. Aqui no Brasil, estas tecnologias vêm surgindo com mais lentidão, mas espera-se que o mercado se adeque a estas tendências para satisfazer o consumidor cada vez mais exigente e imerso na experiência digital.

No setor de meios de pagamento, o cenário brasileiro já se mostra bastante maduro em relação à virtualização de pagamentos, porém com muitas possibilidades de expansão e inovação, inclusive conectados à tecnologia da Internet das Coisas. Mais do que o cenário econômico, o comércio eletrônico passa por um processo intenso de evolução tecnológica que não pode ser ignorado devido à velocidade com que estas inovações surgem e se tornam essenciais para os usuários.

Acredito que 2017 será um ano decisivo para que os players se preparem para o próximo degrau evolutivo, pois em 2018 frutos significativos poderão ser colhidos. Caso este investimento não seja feito, o risco de perda de relevância no mercado é bastante alto. A Braspag está fazendo sua parte, posicionando-se e criando o caminho para que as lojas possam, desde já, digitalizar e otimizar o processo mais sensível da venda, o pagamento.

Gastão Mattos, CEO da Braspag, empresa do grupo Cielo.

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