Promotores dos EUA iniciam investigação para apurar suposta fraude com bitcoins

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Após vir à tona a informação que o Mt.Gox, o mais conhecido banco de moeda virtual bitcoin do planeta, teria perdido cerca de 750 mil bitcoins, o equivalente a US$ 380 milhões pela cotação desta quarta-feira, 26, promotores de Justiça de Nova York enviaram intimações para diversas empresas, incluindo o Mt.Gox, para buscar mais informações sobre as transações e, inclusive, sobre sua legalidade, conforme revelou uma fonte ao jornal britânico The Guardian.

O Mt.Gox, que tem sede no Japão, vinha enfrentando problemas há algum tempo. Mas o motivo alegado era que a empresa estava corrigindo uma falha no sistema de segurança da carteira virtual em razão dos ciberataques que sofreu.

Os promotores querem saber mais sobre a natureza dos supostos ciberataques ao Mt.Gox e outras transações e como o banco lidou com eles. O Mt.Gox interrompeu os saques de clientes em 7 de fevereiro, alegando a existência de "atividades incomuns". Na terça-feira, 25, o banco saiu do ar, deixando os clientes impossibilitados de recuperar seus fundos.

Os promotores também querem saber se os ciberataques que paralisaram várias bolsas nas últimas semanas foram manipulados, ou se houve, realmente, uma falha séria de segurança.

Um texto que vem circulando na internet diz que o motivo de ter suspendido os saques foi uma falha de segurança. Mas outra versão que também corre na rede mundial acusa de tratar-se de um "documento de estratégia de crise" da empresa.

O Mt.Gox emitiu um curto comunicado confirmando o fechamento. Mas não explicou o motivo. O texto diz: "Por causa das notícias recentes e da possível repercussão nas operações do Mt.Gox e no mercado, foi tomada a decisão de paralisar todas as transações de modo a proteger o site e os usuários. Vamos acompanhar a situação e agir apropriadamente."

Após o anúncio do encerramento das operações, os órgãos reguladores japoneses iniciaram, pela primeira vez, uma investigação para verificar a legalidade do bitcoin. Mas as autoridades do país ainda se recusam a assumir a responsabilidade de socorrer os clientes do Mt.Gox.

Nesta quarta-feira, 26, o porta-voz do governo japonês Takashi Mochizuki disse ao The Wall Street Journal que o governo vai fazer "uma avaliação adequada" sobre a regularidade do bitcoin. Ele também disse que o governo está trabalhando com a polícia do país para coletar informações sobre o Mt.Gox e adiantou que estava preparado para "tomar medidas".

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