Um funcionário de 57 anos da France Telecom cometeu suicídio nesta terça-feira, 26, ateando fogo ao próprio corpo no estacionamento de uma unidade da empresa na cidade de Pichey de Mérignac, nos arredores de Bordeaux, no sudoeste do país. A morte aumenta a já longa lista de casos de funcionários da companhia que se mataram nos últimos anos. Houve 32 suicídios entre 2008 e 2009 e pelo menos 25 no ano passado, segundo sindicatos. Representantes do sindicato de trabalhadores da empresa, o CGT, disseram o suicídio estaria ligado às péssimas condições de trabalho.
Em nota, a direção da empresa disse que, ao chegar ao local, a equipe de socorro apenas constatou o falecimento do empregado. Uma equipe de socorro, que chegou ao local por volta das 8 horas da manhã, no horário local (3 horas em Brasília), mas nada puderam fazer, de acordo com notícia do jornal francês Le Nouvel Observateur. "Todos os meios serão empregados na tentativa de compreender as razões por trás desse ato dramático", continua o texto. A empresa disse também que montou uma equipe de psicológicos para dar apoio aos empregados e anunciou a troca "imediata", do diretor de recursos humanos Bruno Metlingla e do diretor executivo da Orange France, Delphine Ernotte.
A direção da France Telecom estabeleceu em 2006 um plano que previa a demissão de 22 mil pessoas em três anos, a reestruturação da empresa e também a transferência obrigatória de funcionários para outros cargos e áreas geográficas. O plano, contestado pelos empregados, foi estabelecido pouco após a privatização da empresa, em 2004, mais de um século após sua nacionalização. A onda de suicídios levou a direção da empresa a anunciar, em setembro passado, medidas para tentar melhorar as condições de trabalho. Para sindicalistas, as iniciativas recentes da direção não são, no entanto, suficientes.
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