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Ecad aposta em big data para gerenciar direito autoral de música digital

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Quem dá o play nas mais diversas plataformas de execução de músicas digitais em uma festa ou mesmo durante os extensos trajetos de trânsito parado no dia a dia das cidades não imagina o tamanho do aparato tecnológico montado para que esse conteúdo chegue aos smartphones sem que os artistas – e donos das obras – deixem de ganhar dinheiro a cada vez que suas músicas são tocadas.

Parte essencial deste processo é operado pelo Ecad – Escritório Central de Arrecadação e Distribuição. Administrado por sete associações que representam todos os compositores, intérpretes, músicos, editores e gravadoras filiados, o escritório sem fins lucrativos é um órgão privado, criado em 1973 para arrecadar e distribuir os direitos autorais de cada música tocada “em execução pública” no Brasil, seja ela nacional ou estrangeira, em segmentos como shows, rádios, TV e, hoje, também em mídias online.

O advento das plataformas digitais de reprodução de música e seu instantâneo crescimento criou um desafio para o Ecad, que se viu às voltas com a explosão de dados e com um aumento gigantesco de material para analisar, reportar e efetivamente transformar em distribuição de dividendos ao meio artístico.  Há cerca de 12 anos, o trabalho era praticamente feito à mão e dependia exclusivamente de atuação humana. “Cada hora de escuta humana de rádio exigia 40 minutos de transcrição”, conta Marcos Eboli, gerente de Qualidade de Serviços de TI do Ecad. “Em determinado momento, o trabalho começou a ficar mais complexo, porque os serviços hospedados em nuvem aumentaram exponencialmente a quantidade dos dados com os quais lidávamos. Além disso, as rádios-web, que proliferaram rapidamente na internet, ampliaram expressivamente a quantidade de execuções. Essa explosão de dados inviabilizou o modelo de escuta através do qual o Ecad operava”, conta o gerente.

“Se considerarmos o princípio básico do Ecad, que é remunerar artistas a cada reprodução, dá para imaginar o salto que tivemos na quantidade de dados após a adesão massiva dos consumidores de música às plataformas digitais hospedadas na nuvem”, comenta Eboli. Desde 2015, a organização arrecada mais de R$ 1 bilhão ao ano em direitos autorais. Do montante, 85% são distribuídos a compositores, intérpretes, músicos, editoras e gravadoras, 5% a associações e 10% ficam com o Ecad, como forma de garantir a continuidade da operação.

Há cerca de 10 anos, o Ecad fez sua primeira tentativa de ampliar sua capacidade operacional: em parceria com o CETUC-PUC, a organização desenvolveu uma tecnologia de captação e identificação automática de obras musicais e fonogramas (que consistem na música gravada em qualquer suporte, físico ou digital) tocados por emissoras de rádio de todo o país, o que otimizou o trabalho humano e promoveu um aumento considerável na agilidade da identificação e consequente distribuição de direitos autorais.

Mas, como a evolução da tecnologia não para, em 2017 eles chegaram a um novo momento, especialmente devido à ascensão de mídias digitais e plataformas de streaming como Spotify, Deezer e Apple Music. Era necessário mais poder de processamento, armazenamento, confiabilidade e robustez para uniformizar os dados recebidos dos diversos provedores de música, de preferência na nuvem, o formato mais adequado para as novas tecnologias. Foi quando o escritório aderiu à tecnologia HPE Synergy, que entrega todos os benefícios da nuvem comum, mas com custo total reduzido por operar on-premises.

“Nesse período recebíamos 20 gigas em arquivos-texto com informações relativas à execução de 7 milhões de músicas tocadas 6 bilhões de vezes por mês (de uma única plataforma). Ao mesmo tempo, uma vez que o Ecad não possui fins lucrativos, precisávamos pensar numa forma que trouxesse para nós o melhor da nuvem, mas com custo menor”, comenta Marcos, que chegou a considerar a nuvem pública, mas devido às vantagens oferecidas pela HPE em negociação viabilizada pelo parceiro MMO2000, optou pelo Synergy Gen 10 – tendo sido a primeira empresa brasileira a adquirir a tecnologia – associado ao sistema de storage HPE 3PAR híbrido 8400. “Já usávamos um 3PAR 7400, então a escolha pelo sistema híbrido foi natural, uma vez que já conhecíamos o potencial da máquina. Com o HPE Synergy conectado ao 3PAR híbrido acessamos o melhor dos mundos quando se fala nas vantagens da nuvem, mas em infra on-premises”, ressalta.

Cliente de base HPE há mais de 20 anos, o Ecad considera que manter sua operação com o que há de mais avançado no mercado de tecnologia é essencial. Entre os benefícios alcançados, o Ecad elenca o processo de importação de dados das plataformas para o sistema legado de forma unificada e o ganho de agilidade na identificação das músicas: “Falamos de uma leitura que demorava 16h a cada arquivo importado e que hoje exige em média 14 minutos”, afirma Marcos Eboli. A capacidade superior de processamento permitiu um aumento de 35% na identificação das músicas utilizadas em serviços digitais (streaming), gerando ainda mais capacidade de operação. A implementação do sistema Synergy + 3PAR híbrido, concluída em 2018 após uma prova de conceito realizada no Lab da HPE em Houston, também com participação ativa do parceiro MMO2000, contribuiu para que a organização conseguisse beneficiar um número maior de artistas.

“Hoje conseguimos gerar mais valor e de forma muito mais rápida aos artistas, produtores e outros titulares, um público que, em 2018, foi formado por 75% de profissionais brasileiros e 25% de estrangeiros”, afirma o gerente, que participou ativamente de todo o processo de implementação da nova tecnologia. “O que nos deixa tranquilos é a robustez e segurança dos serviços HPE frente ao constante aumento dos serviços digitais que chegam ao mercado todos os dias. O projeto com a HPE nos trouxe um sistema altamente escalável e que mantém a performance não importando o quanto exigimos dela”, acrescenta o executivo.

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