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A democratização do P2P

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Surgido na segunda metade dos anos 1990, o mercado de soluções P2P (procure-to-pay) vem sofrendo ajustes de posicionamento e de potencial de crescimento nos últimos anos. No passado, os altos custos de infraestrutura tecnológica, a resistência por parte das empresas a aceitarem soluções corporativas na nuvem, assim como modelos de negócios com comissionamento, dificultavam o crescimento destas soluções. Com o recente avanço da computação em nuvem para pessoas físicas e a queda brusca de custos de infraestrutura, novas soluções leves, flexíveis e baratas têm surgido, levando à democratização destas ferramentas e de seus benefícios.

Enquanto no passado as empresas compradoras tentavam diluir os altos custos destas soluções transferindo para seus fornecedores parte da conta por meio de taxas transacionais, novas soluções, muito menos onerosas, tendem a ser financiadas pelos próprios compradores. Assim, estas empresas sabem exatamente o custo da infraestrutura tecnológica disponibilizada, diferente de quando o repasse das taxas transacionais em sua cadeia não era transparente, levando muitas empresas a perderem a visibilidade do custo de suas soluções.

Outra evolução importante dos novos modelos do mercado é que eles são definidos por consumo de infraestrutura tecnológica, como banda e consumo de banco de dados, geralmente definidos por número de transações e usuários envolvidos, enquanto no passado, as taxas transacionais eram calculadas em função do volume financeiro das transações. O ponto central é que a infraestrutura necessária para executar um leilão de mil reais é a mesma de um leilão de um milhão de reais. Esta distorção tem levado a um crescente descontentamento por parte dos fornecedores, que se sentem lesados por esta prática e sem alternativa para continuar a atender seus clientes sem este “imposto” transacional obrigatório.

Graças à crítica a este modelo, aos avanços em hospedagem e em arquitetura de soluções e à aceitação cada vez maior do mercado às cloud solutions, alguns players têm buscado iniciativas disruptivas no modelo de negócio, cobrando do contratante da solução valores próximos ao custo real de sua utilização e, oferecendo assim, a possibilidade de disseminação dos seus benefícios a um maior número e perfis de empresas. Neste novo modelo, empresas menores que anteriormente não teriam acesso às soluções por falta de escala e poder sobre seus fornecedores para justificar o pagamento de taxas transacionais, agora podem se beneficiar de soluções mais em conta, sem precisar criar resistências junto aos parceiros de negócios.

Nesse cenário, surgem novos desafios para estes players, que deverão avançar cada vez mais em soluções flexíveis, que permitam sua adaptação aos diferentes perfis de mercado, e leves, que tenham uma rápida implantação e reconhecimento de valor e benefícios, focados não mais somente nas empresas contratantes, mas também visando agregar valor para os fornecedores.

*Felipe Almeida é CEO da Nimbi.

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