Desde as eleições de 2002, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) utiliza satélites para transmitir dados de urnas eletrônicas instaladas em localidades remotas, de forma a acelerar o processo de apuração dos votos.
Este ano não será diferente: cerca de 800 urnas eletrônicas espalhadas em diversos Estados do Norte e do Centro Oeste adotarão uma solução modelada pela Probank, empresa vencedora da licitação este ano, que usa satélites da Globalstar.
?Antigamente, em muitas dessas localidades, as urnas precisavam voltar de barco para serem levadas até os TREs. A apuração demorava semanas. Agora, bastam algumas horas?, compara o gerente de marketing da Globalstar, Paulo Roberto Campos.
A solução oferecida pela Probank inclui laptops e dispositivos de comunicação móvel via satélite GSP1600, da Globalstar. Através do telefone, o laptop transmite os dados via satélite a uma velocidade de 9,6 kbps. O valor do contrato firmado com o TSE não é divulgado.
Crescimento
A companhia não revela seu faturamento, mas informa que espera que ele cresça entre 20% e 25% em 2006. É menos do que projetava no começo do ano, quando tinha como meta um crescimento de 50% em 2006.
Entre os principais motivos para a redução da estimativa está o atraso do governo em alguns grandes projetos que envolverão comunicação via satélite, explica Campos.
A Globalstar espera encerrar o ano com aproximadamente 6,2 mil linhas em serviço vinculadas a planos de franquia. No fim de 2005 eram cerca de 5,5 mil linhas. Além disso, há hoje 2,5 mil linhas em serviço no chamado plano básico, no qual o cliente paga somente quando utiliza o telefone.