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Carência de profissional especializado derruba exigências para contratação no setor de TIC

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A pesquisa Formação Educacional e Empregabilidade em TIC, elaborada pela Associação Brasileira das Empresas de TIC (Brasscom), aponta que 69% dos universitários nas áreas de TIC não se formam. O dado preocupa, já que a expectativa é de que o setor demandará 70 mil novos profissionais por ano até 2024, conforme o levantamento. Por conta dessa situação, as empresas investem em alternativas à formação superior.

Como haverá deficit de 260 mil profissionais formados em seis anos, para muitas empresas, ter faculdade não é mais considerado um requisito obrigatório, desde que o profissional demonstre ter competência técnica. Elas também estão investindo em treinamentos próprios, de modo a suprir demandas específicas.

Investir em cursos de capacitação intensivos e com foco nas tecnologias mais utilizadas atualmente é uma das saídas encontradas pelas empresas. A Codenation, por exemplo, aproxima quem busca uma transição de carreira das empresas que procuram novos talentos. “É fundamental investir na capacitação profissional, para que as pessoas da área de desenvolvimento se mantenham atualizadas e aptas para atuar”, diz Eduardo Varela, CEO da startup.

A vontade de aprender é valorizada pela Cheesecake Labs, empresa de consultoria especializada em desenvolvimento web e mobile. Por acreditar que o conhecimento é cíclico, a empresa mantém o projeto Mão na Massa, em que os Cakers (como são chamados os colaboradores) ensinam programação a jovens de 14 a 20 anos para incentivá-los a se desenvolverem na área.

A falta do ensino formal também não exclui candidatos interessados em trabalhar na empresa, que oferece auxílio-educação entre os benefícios. “Independentemente do modo como os profissionais conquistaram conhecimento, o essencial é que o desejo constante de aperfeiçoamento seja o propulsor para o protagonismo da própria carreira”, diz Caroline Schmitz, diretora de gestão de pessoas da Cheesecake Labs.

Faculdade nem sempre é essencial

Diante do cenário de evasão dos cursos de tecnologia e alta demanda por profissionais, muitas empresas brasileiras estão dispensando a obrigatoriedade do diploma na hora de contratar. A empresa de TI Supero, por exemplo, não desclassifica candidatos sem curso superior.

“Avaliamos pessoas com perfis arrojados, flexíveis, entusiastas de tecnologia e com mindset ágil. Os profissionais de tecnologia costumam ser autodidatas e é isso que buscamos”, afirma Bárbara Vieira, coordenadora de Desenvolvimento Humano e Organizacional (DHO). Hoje, dos 137 profissionais da empresa, cerca de 20% não concluíram a graduação.

No Agendor, plataforma de gestão comercial e CRM, ter formação superior também não é um requisito eliminatório. Mais do que a educação formal, a empresa considera importante que as pessoas tenham afinidade com as demandas e responsabilidades de cada cargo. “O critério de avaliação são as experiências e a disposição para aprender”, diz Mariana Ledesma, gerente de Gente e Gestão.

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