GVT planeja ter velocidade média de quase 20 Mbps na banda larga em 2012

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A GVT está anunciando uma política agressiva de ampliação da velocidade média de sua base de banda larga. Segundo o presidente da empresa, Amos Genish, em palestra na Futurecom, que acontece esta semana em São Paulo, a velocidade média da base, que era de 1,6 Mbps em 2008, já está em 8,4 Mbps este ano e chegará a 11,3 Mbps em 2011 e 19,7 Mbps em 2012. No próximo ano, o carro chefe da empresa será o pacote de 15 Mbps, cujo preço será reduzido a R$ 79,90 na semana que vem. Em 2012, o principal produto será a conexão de 35 Mbps. Na próxima semana, a GVT fará o upgrade gratuito das conexões de todos os seus assinantes com pacotes abaixo de 5 Mbps para este patamar, com preço de R$ 49,90.
O preço por Mbps nos pacotes da GVT, segundo Genish, caiu de R$ 49,90 em 2008 para R$ 6,99 este ano e chegará a cerca de R$ 5 em 2011. "Não queremos ter nada abaixo de 5 Mbps. Isso é dial up".
Genish destacou a parceria da GVT nos conteúdos das empresas do grupo Vivendi, como Universal Music e futuramente videogames. Mas o próximo produto, segundo Genish, será o de TV paga, a ser lançado em meados do ano que vem.
"O mercado está fechado por uma lei estúpida, mas que é a lei. Por isso vamos lançar um produto híbrido, com DTH e IPTV", diz Genish. A GVT pretende iniciar os serviços já com video sob demanda, conteúdos "over the top" (conteúdos de Internet na tela da TV), DVR (gravador digital) e serviços de catch-up TV de 30 dias (possibilidade de recuperar conteúdos). "Isso chega no meio de 2011 e queremos quebrar o paradigma no segmento de TV paga para tornar menos chata, com coisas além dos canais tradicionais", disse. "Quero ser o melhor operador no Brasil. Não o maior, prazer que deixo a meus colegas", provocou Genish. O projeto de TV por assinatura da GVT prevê investimentos de R$ 200 milhões em 2011 e o Capex total para o ano deverá ser de R$ 1,8 bilhão. Em 2010, o Capex ficará em R$ 1,5 bilhão, mais que o dobro de 2009, segundo Genish.
Ele destacou a presença da GVT em mais de cem cidades e disse que em 2011 entrará em São Paulo e Rio de Janeiro. "O fator de nosso sucesso é a alta taxa de uso de banda larga a mais de 10 Mbps", disse Genish. "Fomos comprados por R$ 8 bilhões, o que foi mais do que a Oi pagou pela BrT".
A GVT chegou a R$ 2,3 bilhões anuais em receitas, R$ 945 milhões em EBITDA e margem de 41,5%. O destaque é o nível de investimento, que foi de cerca de R$ 1,5 bilhão este ano e será mais do que isso em 2011, segundo o executivo. Lembrando que a média de investimentos das incumbents está em menos de 10%.
"Custa cerca de R$ 1,5 mil por linha para fazer a rede. Por isso precisamos investir", diz Genish. Ele destaca que a operadora optou por manter todo o atendimento ao cliente em um call center próprio e a maior parte das instalações também é feita por equipes próprias. "Temos alguns parceiros para instalação, pois sem isso não conseguiríamos entrar em novos mercados. Mas ainda assim temos supervisão própria".
Rede veloz
"Acreditamos muito no connected home", diz Genish. "Os aparelhos estão conectados e vamos oferecer um home-gateway para serviços, inclusive TV paga". Segundo ele, o primeiro passo para ser competitivo neste ambiente é oferecer banda larga com velocidade e inteligência. "Temos a rede mais preparada, com mais fibra e menos cobre. A partir de agora, estamos construindo uma rede com um last mile de cobre de 200 metros a partir do armário, o que permite 70 Mbps no VDSL2. Além do FTTH para casos específicos", detalhou Genish.

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