O grupo TBA, holding que controla a integradora B2Br, a True Access Consulting e a NFe do Brasil, estima faturar R$ 320 milhões em seu ano fiscal de 2008, que termina em 31 de março, o que representará um crescimento de 45% na compração com os R$ 220 milhões registrados no exercício fiscal anterior.
Do total, 50% serão provenientes de contratos com empresas do governo e outros 50% restantes, do setor privado. "Mas nossa meta é elevar a participação do setor privado no faturamento total", aponta Cristina Boner, presidente do conselho de administração da companhia, ressaltando que isso não significa que a empresa pretende diminuir os ganhos com o setor de governo, mas aumentar ambos, com maior foco no setor privado.
Na avaliação do CEO do grupo TBA, Mauro Muratório Not, em momentos de crise é o governo que investe mais, ao passo que o mercado privado se retrai. "Assim, o governo deve impulsionar mais os resultados da empresa no atual cenário econômico", analisou o executivo.
Um dos destaques do resultado da empresa para o ano de 2008 será área de serviços, que tende a crescer 87% e atingir a cifra de R$ 144 milhões, ou seja, 45% da receita total.
Para manter as taxas de crescimento acelerado, o grupo TBA baseará sua estratégia em três pilares: mobilidade, data centers e BPO (business process outsourcing). Na visão de Muratório, o segmento de mobilidade é uma grande oportunidade para o integrador, já que os desenvolvimentos de softwares e hardware para esse segmento seguem em alta. "Em relação ao mercado de data center, temos uma demanda crescente por terceirização. E pretendemos entrar com força nesse mercado, com a meta de ser mais ágil que nossos concorrentes como IBM e HP", disse ele, lembrando também que a expectativa é que as empresas aumentem seus investimentos em BPO em 2009.
Como parte da estratégia de crescimento, a TBA pretende manter a sua política de fusões e aquisições. "Neste momento, o mercado está mais propício para fusões do que aquisições. Estamos analisando algumas oportunidades e teremos novidades", comentou Cristina, frisando que a meta são por empresas de infra-estrutura, como as de data center.
Em relação à crise, Muratório avaliou que este é o momento para a empresa refletir e analisar se os custos estão adequados ou se está gastando mais do que o necessário, para se ajustar devidamente e colocar a companhia no caminho do crescimento.
- Expectativa positiva