Novo formato do CNPJ é mais um desafio para áreas de TI dos bancos, afirma consultoria

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Em meio às evoluções do Pix e do Open Finance, bancos, instituições de pagamentos e seguradoras têm agora mais um desafio de alta sensibilidade: preparar seus sistemas para receberem, lerem, calcularem o dígito verificador e armazenarem o novo CNPJ – Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas -, que passará a ser alfanumérico. A Receita Federal do Brasil (RFB) começará a implantar a mudança em julho em 2026.

"Essa mudança é complexa porque mexe no coração das instituições, ou seja, nos seus programas e bancos de dados, além das interfaces. Um outro ponto é que se trata de fazer adequações em sistemas que estão rodando. É diferente e tende a ser mais arriscado do que implantar algo novo como o Pix, que se integra ao que já existe", afirma Camille Ocampo, diretor Executivo da Capco, consultoria especializada em gestão e tecnológica para o setor financeiro.

No mês passado, a RFB publicou a Instrução Normativa nº 2229, que estabelece o formato alfanumérico. De acordo com a Receita, a mudança se deve à demanda crescente por números de CNPJ, o que gera a necessidade de mais combinações. "O atual permite 100 milhões de combinações, sendo que 60 milhões já foram usados. Se a demanda atual for mantida, as possiblidades terminam em 2033", explica Ocampo.

Segundo ele, os maiores riscos para muitas das instituições estão nas mudanças de muitos códigos dos seus programas, sendo que muitos desses são antigos e podem não ter documentação atualizada. "Isso torna difícil identificar até mesmo quais podem ser alteradas e pode gerar erros e impactar no funcionamento dos sistemas e das bases de dados", afirma Camille Ocampo.

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