Resultado da Lenovo no 3º trimestre fica abaixo das estimativas

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A bem-sucedida operação de compra da divisão de PCs da IBM pela Lenovo, no fim de 2004, ainda não conseguiu se traduzir no desempenho esperado pela companhia chinesa. Isso pelo menos é o que mostra os resultados do terceiro trimestre, encerrado em dezembro de 2005, que apresentaram um crescimento abaixo das expectativas.

Embora o lucro da Lenovo no período tenha registrado um aumento de 12%, o índice ficou muito abaixo das estimativas feitas pelos analistas de mercado, que trabalhavam com um percentual médio de crescimento de 40%. A empresa justificou o desempenho insatisfatório à forte concorrência enfrentada no mercado asiático (exceto a China), especialmente no Japão, onde os produtos da IBM passaram a competir com pesos pesados da indústria de PCs, como Toshiba e Sony. Contribui também para isso, a entrada no mercado asiático nos últimos anos de grandes fabricantes de PCs, como a Dell e a HP.

Mesmo assim, as vendas da Lenovo no período totalizaram HK$ 31 bilhões (dólares de Hong Kong), ou US$ 4 bilhões americanos. Este é o terceiro trimestre consecutivo em que a fabricante chinesa obtém lucro, desde a aquisição da divisão de PCs da IBM. O lucro no período, antes de juros, impostos, depreciação e amortizações, cresceu 46%, totalizando a HK$ 498 milhões (ou cerca de US$ 64,2 milhões), enquanto o lucro pago aos acionistas aumentaram 12%, totalizando HK$ 365 milhões (ou cerca de US$ 47 milhões). O fluxo operacional de caixa também continuou com uma forte reserva de dinheiro, alcançando HK$ 9,6 bilhões (ou cerca de US$ 1,2 bilhão).

"Nosso negócio de PCs tem sido lucrativo por três trimestres consecutivos, desde que adquirimos a unidade da IBM, dentro das expectativas do board, embora o desempenho regional tenha variado", disse Yang Yuanqing, presidente da Lenovo. "Agora nós devemos enfrentar expectativas até mais altas. Mas acreditamos que nosso modelo de negócio, baseado em um portfólio avançado de produtos, além de um foco firmemente dirigido à eficiência operacional, nos permitirá de aumentar ainda mais a lucratividade em todo mundo."

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