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Blockchain abre novas oportunidades no mercado corporativo

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Começou nesta quinta-feira, 26, a quinta edição do Fórum Blockchain, promovido pela TI INIDE, com um painel que discutiu como esta tecnologia está se tornando cada vez mais popular em uma variedade de setores de mercado.

Sabendo que o  Blockchain permite que os dados sejam registrados em um formato digital seguro e inviolável, fornecendo informações em tempo real sobre transações entre diferentes partes, sejam elas entre corporações, redes de fornecedores, pools de investimentos ou uma cadeia de suprimentos, o painel discutiu os prós e contras dessas atribuições. Comandado por Maurício Magaldi Suguihura, host do BlockDrops Podcast e Mentor de Blockchain da TuneTraders, o painel questionou todos os participantes:  O que é preciso para os projetos de Blockchain darem certo no ambiente corporativo?

A painelista Marcela Gonçalves, CEO da Multiledgers, apontou que um dos maiores desafios das plataformas Blockchain consiste exatamente de sua adaptação aos negócios. “É importante estabelecer que, além do conhecimento da tecnologia propriamente dita, existem questões de outras disciplinas que já estão sendo demandadas, de outras áreas para que a integração ocorra. Mas aponto principalmente a necessidade de uma Governança e estrutura distribuídas  como fundamentais no sucesso dos novos negócios”, disse a executiva.

“Embora as empresas tenham dificuldade em entender a estrutura distribuída para novos negócios.  Não se trata de uma tecnologia nova somente, um hype,  que basta ser colocado. É preciso que haja  colaboração e  estabelecer a governança, como foco, dentro e fora da rede a fim de dar a longevidade necessária aos projetos”, lembrou.

Oliver Cunningham, sócio responsável pela área de transformação digital e inovação da KPMG, fez uma avaliação de quão poderosa a tecnologia de Blockchain é por sua característica de independência, e ao mesmo tempo, como é difícil conciliar esse diferencial  em um ambiente corporativo que precisa de controle.

“Existe uma adoção massificada de soluções na área privada, e ainda que se tenha uma leitura clara sobre a tecnologia, o  ponto de virada dos negócios está na governança “, sentenciou o executivo da KPMG, ” O que é fundamentalmente diferente na adoção está naquilo que não depende de outras regras, da padronização de informações e da segurança de sistemas que as  organizações têm. Esse é um processo delicado, mas o debate está  na imutabilidade do que e quando se pode mudar. Mas a boa notícia é que já  vemos várias  aplicações rodando com sucesso. Ainda se debate muito sobre os fundamentos da tecnologia  no ambiente corporativo, mas é necessário observar que existem dentro dela questões transformadoras e prontas, entre elas a tokenização e as NFT’s”, argumentou.

Para o  professor e coordenador do Programa de Pós-Graduação Profissional em Engenharia Elétrica – PPEE – UnB em membro do IEEE, Rafael Timóteo de Sousa Júnior, as empresas já perceberam que o Blockchain não é uma varinha mágica para a transformação integral dos negócios. “Não há ilusão que a sua implantação gera custos e não irá resolver todos os problemas.  Existem neste planejamento protocolos a serem considerados em cada situação. Sem dúvida , a governança é fundamental para este desenvolvimento. Tudo isso implica em ter pessoas pelo tempo necessário, com  formação adequada e na quantidade demandada”.

Eduardo F. Santos, mestre pela UnB e Tech Lead na área de tecnologias emergentes e abertas do Itaú Unibanco, comentou que muito tipicamente as tecnologias emergentes , como Blockchain, surgem como tecnologia em  primeiro lugar e somente depois se  descobre como então aplicá-la aos negócios.

“Mesmo que a princípio o uso da tecnologia na criação de criptomoedas surgiu com a intenção de acabar com os bancos, o próprio setor bancário e financeiro, propôs-se a estudar e integrar dentro de seu sistema já maduro, soluções encontradas neste mundo do Blockchain. Por terem uma visão baseada em seus parceiros tecnológicos , e ser regulado em tudo, o setor financeiro, teve como primeiro desafio o CBDC, dentro de uma perspectiva internacional, organizando todo o ecossistema”, disse o executivo.

Conforme apontou Santos , diante de um sistema econômico digital ( economia digital) a tendência aponta para que o setor  venha a se integrar à tecnologia de Blockchain de forma bastante madura. “Isso  sem falar da tokenização de ativos, do digital assets que estão surgindo no mercado com bastante ênfase. Diante disso, a perspectiva do setor, é entender os desafios da regulação relacionados aos negócios e como construir uma plataforma Blockchain ao mesmo tempo que garanta a sobrevivência do negócio”, pontuou Santos.

No encerramento, Marcela Gonçalves, ainda  evidenciou como um dos fatores críticos dos projetos que envolvem a tecnologia a observância dos aspectos relacionados a pessoas e tecnologia.

“O desafio está nesta dicotomia. Fazer com que as pessoas entendam como o ambiente distribuído propõe um novo modelo de negócio e alavancar novo conceitos a fim de extrair delas esse engajamento, ao mesmo tempo que, diante de uma tecnologia emergente, tratar de trazer e identificar as necessidades dos negócios. E como o Blockchain se adequa aos diferentes tipos de negócios. Observando que a estrutura convencional deverá  ser trocada pela evolução tecnológica com  a padronização e interoperabilidade. E nesse processo haverá um longo caminho a frente”, explicou a executiva.

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