Blockchain viabiliza novos negócios para fintechs

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Como tecnologia, o Blockchain  é uma das mais disruptivas no mundo das finanças que aconteceram nos últimos anos. Ela tem o potencial de tornar o setor de serviços financeiros mais transparente, menos suscetível a fraudes e mais barato para os consumidores e mais transparente, pois os usuários estão realizando atividades em um livro-razão público. Essa transparência pode expor ineficiências como fraudes, levando à solução de problemas que podem reduzir o risco para as instituições financeiras quanto adicionando segurança.

À medida que os consumidores se tornam cada vez mais ativos online, o universo digital é um terreno fértil para golpistas. Com a tecnologia blockchain, essa preocupação pode ser reduzida. Os pagamentos e transferências de dinheiro feitos no blockchain são mais rápidos e rastreáveis do que no banco tradicional.

Para Tasso Lago, fundador da Financial Move, professor de Blockchain e Criptomoedas na COPPEAD, o mercado evoluiu bastante, mas a experiência do usuário ainda precisa melhorar, especialmente a interface com as pessoas.

"Tanto o NFT quanto o De-Fi ( finanças descentralizadas) são formas experimentais de finanças que não dependem de intermediários financeiros centrais, como corretoras, exchanges ou bancos e, em vez disso, utilizam contratos inteligentes blockchain,  criados para o P2P. Hoje o banco chancela as transações – o banco controla a informação e sabe tudo sobre as pessoas e ele diz quanto você vale em risco. O Blockchain tira o poder centralizado e tem todo o ecossistema precificando o seu risco.", explicou o professor.

Como enfatizou, o que garante às transações financeiras , neste caso é o Blockchain não sendo preciso entender a tecnologia, veja como funcionam os  contratos inteligentes – as regras e as quantias, no sistema tradicional  atual tem que ser fiscalizado, no blockchain não existe isso.

"Em função dessa simplicidade vemos mercados emergirem com a tokenização. Na arte, por exemplo, a NFT está trazendo a tecnologia para artistas, possibilitando produzir novas artes  e também a releitura de artistas conhecidos, mas democratizando o acesso.", explicou, " Ao mesmo tempo, a tecnologia permite a criação do Metaverso , já que o  mundo caminha para o virtual seja vivendo, transacionando ou interagindo. De certa forma a Pandemia  impulsionou esse acesso como algo que vai ficar impulsionando que muitos business virtuais serão criados em decorrência ", sentenciou.

Segundo João Canhada, CEO da Foxbit, o ecossistema de Blockchain  traz muita novidade para o setor financeiro, por não ser  centralizado. "Neste caso o  ecossistema financeiro é replicado com conexões entre as pontas, diretamente, sem intermediários. Hoje até precatórios estão sendo negociados para consumidores. Antes não havia acesso do investidor comum, a partir da tokenização, se possibilitou o acesso das pessoas – tecnicamente estamos prontos para replicar tudo que existe no mercado financeiro com as devidas regulações e disrupção dos produtos financeiro", comentou o executivo.

Para ele, a regulação é uma base para que se possa adaptar os negócios ao que já existe em termos de mercado financeiro, mas tudo depende da forma como será feito que, de outro lado, pode afundar o mercado, mas que não deixa de ser um Norte para empreendedores do mercado financeiro.

Lucas Schoch, CEO da Bitfy,  explica que, na sua visão, que no mundo das finanças descentralizadas, as criptomoedas são uma resposta a um problema criado nos EUA ainda na gestão de Richard Nixon, nos anos 70, da retirada do lastro em ouro  da quantidade de moedas corrente no mercado americano e consequentemente no mundo. "Todos os países transacionam em dólar, sendo a moeda  muito forte, apesar de não ter lastro em ouro", conta.

Com a publicação em 2008 do whitepaper do Bitcoin ficou reconstruído o problema criado na década de 70, permitiu as transações P2P, que  tiraram o "poder" do governo de imprimir dinheiro e assim construir um novo eixo financeiro.

Como disse o executivo, no mercado financeiro digital,  por meio das  fintechs  transacionam igual aos bancos tradicionais ( conta corrente , cartão, etc. ), entretanto numa relação  simples e mais pensada no cliente. "No mundo digital, os produtos financeiros não existem ainda –  estão sendo criados  – permitindo acesso às finanças descentralizadas, mas com o  fornecimento de produtos com segurança e usabilidade", argumentou.

Segundo Daniel Coquieri, CEO da Liqi , a tokenização e o De-Fi vem ocorrendo para conectar o  mercado financeiro  ao mercado digital  aberto.  "Ao digitalizar os ativos, a operação financeira se liga  à ideia de descentralização  e surge uma nova Experiência do Cliente, criando uma  ponte com produtos financeiros que já existem, uma ponte entre usuários e produtos dentro de um mercado que já é regulado.

"Os ensinamentos extraídos no mercado financeiro em blockchain são vários, especialmente para aqueles que querem empreender neste mercado . O  blockchain é o meio e não o fim dos negócios", sentenciou o executivo.

Para ele, a  regulação pode vir para proteger o mercado  financeiro digital, ao mesmo tempo que pode atrair maiores players e consequentemente ter desenvolvimento e crescimento do mercado  financeiro, além daqueles maiores bancos nacionais.

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