A edição 2022 do estudo Data Privacy Benchmark Study 2022* (Estudo Benchmark de Privacidade de Dados), revela que a partir deste ano o tema privacidade entra na lista de missão crítica das organizações em todo o mundo. No estudo, 90% dos entrevistados consideram que atualmente a privacidade é essencial aos negócios. No Brasil, esse índice chega a 94%. A pesquisa mostrou que o investimento em privacidade continua a aumentar e as organizações veem alto retorno sobre os investimentos em privacidade.
O estudo é uma avaliação global anual das práticas corporativas de privacidade, o impacto da privacidade nas organizações e opiniões dos entrevistados em relação à privacidade de dados. O estudo de 2022 revelou que a privacidade é uma missão crítica, uma vez que 90% dos entrevistados consideram que atualmente a privacidade é essencial aos negócios. No Brasil, esse índice chega a 94%. A pesquisa mostrou que o investimento em privacidade continua a aumentar e as organizações veem alto retorno sobre os investimentos em privacidade.
A privacidade se tornou uma necessidade legítima de negócios e um componente crítico da confiança dos clientes em empresas no mundo todo. Pelo segundo ano consecutivo, 90% dos entrevistados disseram que não comprariam de uma organização que não protege adequadamente seus dados e 91% indicaram que as certificações externas de privacidade são importantes em seu processo de compra.
No Brasil, 91% acreditam que os clientes não comprariam de empresas que não garantem essa proteção de dados adequadamente e 97% afirmaram que as certificações são um fator decisivo ao selecionar um fornecedor ou produto.
“94% das organizações disseram que estão relatando uma ou mais métricas relacionadas à privacidade ao seu conselho e o investimento em privacidade está aumentando com um orçamento médio de 13%, por isso, não há dúvida de que a privacidade continua a crescer em importância para as empresas, independentemente de seu porte ou localização”, explica Harvey Jang, vice-presidente e diretor de privacidade da Cisco. “Também vemos a privacidade crescendo como parte das habilidades vitais e responsabilidades principais dos profissionais de segurança. O estudo deste ano confirmou que alinhar privacidade com segurança cria vantagens financeiras e de maturidade em comparação com outros modelos.”
O retorno sobre o investimento (ROI, na sigla em inglês) da privacidade permanece alto pelo terceiro ano consecutivo, com benefícios maiores para organizações de pequeno e médio porte. Mais de 60% dos entrevistados sentiram que estavam obtendo um retorno comercial significativo em seus investimentos em privacidade, especialmente quando se trata de reduzir atrasos nas vendas, mitigar perdas por violações de dados, permitir inovação, alcançar eficiência, gerar confiança com os clientes e tornar sua empresa mais atraente.
Entre os entrevistados brasileiros, o orçamento médio para privacidade de dados é de US? 2,2 milhões (cerca de R$ 11,9 milhões) por ano. A média global é de US$ 2,7 milhões por ano.
Os entrevistados estimam que seu ROI seja de 1,8 vezes sobre o gasto, em média. Embora isso continue sendo muito atraente, é um pouco menor do que no ano passado (1,9 vezes sobre o gasto). Isso pode ser resultado das necessidades contínuas de resposta à pandemia, adaptação à nova legislação, incerteza sobre as transferências internacionais de dados e aumento das solicitações de localização de dados.
A legislação de privacidade continua a ser muito bem recebida em todo o mundo, embora o cumprimento dessas leis muitas vezes envolva esforço e custo significativos (por exemplo, catalogação de dados, manutenção de registros de atividades de tratamento de dados, implementação de controles — “Privacy by Design” ( Privacidade desde a Concepção), resposta a solicitações de titulares de dados). 83% de todos os entrevistados corporativos disseram que as leis de privacidade tiveram um impacto positivo e apenas 3% indicaram que as leis tiveram um impacto negativo.
No Brasil, as respostas seguem a média global e 83% disseram que a legislação tem impactos positivos enquanto 4% mencionaram um impacto negativo.
À medida que governos e organizações continuam a exigir mais proteção de dados, eles estão implementando requisitos de armazenamento local de dados pessoais (“Data Localization”). 92% dos entrevistados disseram que isso se tornou uma questão importante para suas empresas. Mas isso tem um preço — em todas as regiões, 88% disseram que os requisitos de localização estão adicionando custos significativos à sua operação.
Por fim, quando se trata de uso de dados, 92% dos entrevistados globalmente e 96% no Brasil reconhecem que sua organização tem a responsabilidade de usar os dados apenas de maneira responsável. 87% de todos os entrevistados e 92% só no Brasil acreditam já ter processos implementados para garantir que a tomada de decisões automatizada seja feita de acordo com as expectativas do cliente. No entanto, o Cisco 2021 Consumer Privacy Study (Estudo de Privacidade do Consumidor) mostrou que muitos indivíduos desejam mais transparência e 56% estão preocupados com o uso de dados em IA e tomada de decisão automatizada. 46% dos consumidores pesquisados sentiram que não podem proteger adequadamente seus dados, principalmente porque não entendem o que as organizações estão coletando e fazendo com seus dados.
“A Cisco está comprometida com a privacidade dos dados, incluindo a governança de tecnologias emergentes, como inteligência artificial”, diz Anurag Dhingra, vice-presidente da Cisco e diretor de tecnologia e colaboração. “Estamos publicando o framework de IA Responsável como parte do compromisso da Cisco com a transparência e a adaptabilidade, estabelecendo um processo de governança e práticas de trabalho concretas para nossas equipes de desenvolvimento, incluindo canais vitais de comunicação com nossos clientes e públicos. A estrutura define princípios claros em alinhamento com os valores de nossos clientes.”
