Crise não afeta crescimento da indústria nacional de games

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Apesar do agravamento da crise internacional, a indústria brasileira de games (jogos eletrônicos) continua em franca expansão. E a expectativa do presidente da Associação Brasileira das Desenvolvedoras de Jogos Eletrônicos (Abragames), Winston Petty, é que o setor continue crescendo e se fortaleça.
De acordo com a entidade, entre 2007 e 2008 a área de software para games cresceu 31%, enquanto o segmento de hardware aumentou 8%. Mas, apesar desse avanço, o diretor de Relações Públicas da Abragames, André Penha, ressalta que a participação brasileira na produção mundial ainda é pequena e representa apenas 0,16% do total. É uma parcela inferior a participação nacional de 1,7% a 1,8% no mercado mundial de softwares.
De todo modo, ele vê boas perspectivas para o game nacional. "A gente tem capacidade, por ser mídia e por ser software, e por saber fazer as duas coisas, de produzir isso aqui dentro, e tem um terreno enorme pela frente para crescer", afirmou Penha, ressaltando que falta trabalhar o fortalecimento do mercado interno de games, para "multiplicar essa indústria por dez nos próximos anos".
O executivo ressaltou também que setor enfrenta a concorrência do produto pirateado e da chamada "importação cinza", referente ao produto original que é trazido do exterior sem nota fiscal. "Isso não gera dinheiro para o mercado, não paga imposto, não fortalece a indústria brasileira. Fortalece o contrabandista. Isso é ruim", disse Penha.
O presidente da Abragames apontou que houve uma grande evolução da indústria de games no Brasil, nos últimos anos, apesar do setor ainda se encontrar em estágio embrionário em relação ao resto do mundo. Segundo Petty, a crise internacional não está afetando a indústria de jogos eletrônicos e o momento deve ser aproveitado pelo país para ampliar sua produção. "Em momentos de crise financeira, aumenta o consumo de entretenimento, porque as pessoas passam a gastar menos, buscam opções mais caseiras. A crise está afetando a indústria de forma positiva", analisou.
O executivo aponta que o salário médio de um profissional hoje é de R$ 2.272,71. Para ele, esse valor está abaixo do ideal, mas "reflete o estado de crescimento da indústria brasileira".
O setor gera cerca de 560 empregos. Embora o número seja reduzido, o diretor André Penha informou que a indústria produz um Produto Interno Bruto (PIB) per capita (por habitante) expressivo, que alcança em torno de R$ 160 mil/ano. "É bastante razoável como indústria de tecnologia."
Segundo o presidente da Abragames, a indústria ainda precisa de apoio governamental. O governo incentiva o setor por meio de ações dos Ministérios da Cultura e do Desenvolvimento, "apesar de em outros países haver suporte bem mais estruturado, especialmente na questão de recursos alocados. O investimento nesse mercado é muito agressivo porque movimenta muito dinheiro. E o Brasil ainda está fora disso", disse. As informações são da Agência Brasil.

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