Elpida entra com pedido de concordata no Japão

0

A Elpida Memory, fabricante japonesa de chips de memória DRAM – usados em computadores e outros aparelhos eletrônicos –, entrou nesta segunda-feira, 27, com pedido de recuperação judicial (concordata), ao admitir a incapacidade para pagar suas dívidas. Com um rombo em seu caixa de 448,03 bilhões de ienes (o equivalente a US$ 5,6 bilhões), o maior registro de pedido de concordata feito por uma indústria japonesa, a empresa ingressou com a solicitação no Tribunal Distrital de Tóquio, segundo o jornal britânico Financial Times.

A Elpida, que já foi a terceira maior fabricante mundial de memória DRAM, com 14% de participação de mercado, tem até abril para levantar a concordata. Em comunicado ao mercado, a companhia atribui os problemas financeiros à crescente demanda por tablets, que utilizam chips de memória Flash, em vez de DRAM, assim como a falta de fôlego para competir com as fabricantes coreanas Samsung e Hynix. Além da ferocidade dos competidores asiáticos, a Elpida sucumbiu também ao aumento da moeda japonesa.

O presidente do grupo, Yukio Sakamoto, que deve renunciar, adiantou na semana passada que o futuro da empresa era incerto devido à impossibilidade de alcançar um acordo com os sócios industriais ou salvadores financeiros. "Lamentamos os problemas causados", disse Sakamoto aos acionistas e credores em uma coletiva de imprensa.

Apesar da crise, a empresa afirmou que não interromperá as operações de imediato e que fará os melhores esforços para reconstruir seu negócio. A Elpida nasceu em 1999 da fusão das atividades das divisões de DRAM de NEC e da Toshiba, que contaram depois com a chegada das da Mitsubischi Electric, uma consolidação que tentava sobreviver no mercado.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.