Base da Comcast volta a crescer

0

A base de assinantes da Comcast, maior operadora de TV paga dos EUA, voltou a crescer, e com ela, o lucro da companhia, que também é dona da NBC/Universal.

As receitas consolidadas cresceram 5,3% no primeiro trimestre, em relação ao mesmo período no ano passado, chegando a US$ 18,8 bilhões. O lucro operacional cresceu 5,1%. Somente na operação de cabo, a receita cresceu 6,7%. Houve um ganho líquido de 53 mil assinantes de vídeo, melhor resultado em nove anos. A operadora ganhou ainda 438 mil assinantes de banda larga, melhor resultado em quatro anos.

Os números da NBC/Universal também cresceram no período. A receita cresceu 3,9%, puxada em grande parte pela receita dos parques temáticos: 57,5% de crescimento (graças à incorporação do Universal Studios do Japão).

O Capex da empresa cresceu 9,2% no trimestre, chegando a US$ 1,9 bilhão. O Capex da operação de cabo, isoladamente, cresceu 9%, chegando a US$ 1,6 bilhão, resultado, segundo a empresa, do forte investimento em aumento de capacidade e extensão das redes, além dos invetsimentos no set-top box e wireless gateways, para a implantação da plataforma X1. hoje, 35% da base da Comcast já adota a plataforma. O Capex da operação de cabo representou 12,9% das receitas, contra 12,6% no primeiro trimestre de 2015. O Capex da NBC/Universal cresceu 10% no trimestre, chegando a US$ 295 milhões, puxados principalmente pelo investimento nos parques temáticos.

As receitas da divisão de cabo atingiram US$ 12,2 bilhões no trimestre, puxadas pelos acessos de banda larga, vídeo e serviços corporativos. A receita de banda larga cresceu 7,6%, tanto pelo aumento no número de assinantes quanto pelo upgrade de pacotes e reajuste de preços.

As receitas de vídeo (TV por assinatura) cresceram 3,9%, sobretudo pelo reajuste dos preços e em alguma medida pela adoção de novos serviços. A receita publicitária cresceu 12,1%, em boa parte pela propaganda política.

A empresa ganhou 269 mil unidades de receita no trimestre (assinaturas de diferentes produtos, mesmo que pelo mesmo assinante), alcançando 28 milhões. O crescimento reflete o aumento no número de usuários que assinam dois ou três produtos. No final do trimestre, 70% da base de assinantes tinha dois ou três produtos (como TV e banda larga, por exemplo), contra 69% um ano antes.

O fluxo de caixa operacional para o negócio de cabo aumentou 5% no trimestre, totalizando US$ 4,9 bilhões. O crescimento reflete o aumento das receitas, mas perdeu fôlego pelo aumento de 7,8% nas despesas operacionais. Estas se deveram principalmente aos custos de programação, tanto pelas renovações de contrato quanto pelo aumento no custo dos direitos esportivos.

Os investimentos em tecnologia levaram a um aumento de 6,3% nos custos de produto e suporte, enquanto o custo dos serviços ao consumidor cresceram 8%. Os custos de publicidade e promoção subiram 6,1%.

Conteúdo

A receita dos canais por assinatura da NBC/Universal também cresceu: 4% no período, totalizando US$ 2,5 bilhões, tanto pelo licenciamento quanto pela publicidade. As renovações de contrato garantiram aumento de 5,9% nas receitas de distribuição, apesar da queda no número total de assinantes. A receita de publicidade ficou estável. Já as receitas de TV aberta caíram 7,3% no período.

A receita dos estúdios (produção de filmes) também teve redução, de 4,3%. A receita com exibição em salas de cinema caiu 36,4% no período, em comparação com 2015, especialmente por conta do grande sucesso de "50 Tons de Cinza" no ano passado. O business de home vídeo também caiu, 24,4%, segundo a empresa também por conta dos grandes sucesso de 2015, incluindo "Lucy". Já a receita com licenciamento para outras janelas cresceu 21,2%, graças às vendas para a TV paga.

O relatório completo pode ser visto aqui.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.