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FICO investe para crescer em novos segmentos de mercado na América Latina

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Com mais de 1,2 mil participantes, dos quais 900 clientes de 54 países, começou nesta terça-feira, 26, em Washington, EUA, o FICO World 2016, evento que discute soluções e melhores práticas para tomada de decisões nos negócios, por meio de previsões mais nítidas do comportamento individual dos consumidores.

A FICO, criada há 60 anos por um físico e um matemático da Universidade de Stanford, William Fair e Earl Isaac, que deram nome à empresa, hoje é uma companhia aberta, que faturou US$ 830 milhões no ano fiscal encerrado em setembro do ano passado, e vem crescendo apesar do ambiente macroeconômico adverso, com a desaceleração de decisões de compra, alongamento do ciclo de vendas e restrições no ambiente regulatório no setor de finanças, principal mercado no qual a empresa atua. Ela é pioneira na criação do conceito de score para análise de crédito, muito utilizado no mercado norte-americano.

Alexandre Graff, gerente geral e vice-presidente da FICO para América Latina, explica que a soluções da empresa são utilizadas não só no momento do crescimento da economia, mas também nos períodos de desaquecimento, pois os executivos de negócios precisam desenvolver soluções rapidamente para novas demandas e ter agilidade para tomada de decisões dentro desse novo contexto.

“Mais do que nunca, ele tem que ter foco no ciclo de vida do cliente. Capturar, gerenciar, manter, recuperar, expandir o portfólio, com flexibilidade e agilidade dentro de um ambiente colaborativo aberto e seguro. Nós ajudamos o executivo de negócios no processo de decisão, sem que ele tenha necessidade de envolver a área de TI”, explica.

Graff  diz que “a empresa, dentro do seu planejamento estratégico, resolveu há dois anos investir no mercado latino-americano, buscando levar sua experiência não só para setor financeiro, mas diversificando para outras áreas, como varejo, seguros, telecomunicações, utilities, motivo pelo qual 108 dos 900 clientes presentes ao evento são da região, mostrando a confiança e o resultado do trabalho desenvolvido nesse período. Temos aqui clientes como Via Varejo, Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, SulAmérica, Cetip, Orizon, entre outras”.

Além da prioridade de ampliar e diversificar os segmentos de atuação na região, a FICO vai promover uma expansão geográfica com a entrada nos mercados do Equador e Bolívia, e uma ampliação no Peru, Colômbia e Chile. Nas duas maiores economias da região, Brasil e México, ela tem um plano que deve estar implementado até o fim do ano fiscal em setembro, através do desenvolvimento de parcerias para as áreas de telecomunicações, utilities e finanças. “Já estamos em processo avançado para que esses parceiros usem nossa plataforma para oferecer serviços inovadores, quer no modelo em cloud ou on premisses. São empresas com expertise nesses setores”, afirmou Graff, sem revelar nomes.

Produtividade

Stuart Wells, diretor de tecnologia e produtos da FICO, levantou a questão da crise global de produtividade em sua apresentação e disse que a complexidade e a falta de colaboração estão sufocando o desempenho e a competição. “Cerca de 60% dos orçamentos de TI são gastos mantendo sistemas desatualizados; 85% das organizações falham ao explorar big data para obter vantagens competitivas, e os problemas de segurança cibernética são galopantes”.

Pesquisas mostram que o custo para combater os crimes financeiros cresceram mais de 1.000% nos últimos cinco anos e que o número de profissionais necessários para isso subiram 300% no mesmo período. Como exemplo, Wells citou o banco HSBC que em 2015 gastou US$ 2,9 bilhões contra lavagem de dinheiro, evasão e sanções aos clientes. O executivo disse que mais de meio bilhão de arquivos foram roubados ou perdidos em 2015; mais de 85 milhões de malwares foram coletados nesse período; e grandes empresas recebem mais de 1 milhão de alertas por dia dos sistemas de gerenciamento de SIEM (security information event management) e DLP (data loss prevention). “Ciberataques têm uma taxa de crescimento epidêmica”, enfatizou.

Esse cenário levou a empresa ampliar seu conceito de sua ferramenta Falcon de gerenciamento de fraude para gerenciamento de cibersecurity, criando o conceito de scores de cibersegurança.  Ele propõe inclusive a criação de padrões para isso, envolvendo a colaboração com fornecedores de software e serviços gerenciados, entidades reguladoras, como FED, SEC; seguradoras, para o intercâmbio de scores entre as grandes empresas.

Futuro

Will Lansing, CEO da FICO, em sua apresentação discutiu as abordagens analíticas da empresa para incorporar mais fontes de dados em medidas de risco, como no caso do FICO Score, que é considerado padrão do risco de crédito ao consumidor dos EUA.

Também abordou a questão da inovação, afirmando que “as startups estão roubando seus clientes e destruindo seu modelo de negócios. Esses desafios exigem uma revisão da forma como as empresas abordam as decisões. As empresas precisam se concentrar em suas decisões, em vez de apenas em coletar dados”, argumentou. “As decisões são ativos e precisam ser codificadas, gerenciadas, armazenadas e interrogadas. Faça isso certo e você colocará seu negócio à prova do futuro”.

O CEO da FICO disse ainda que o fenômeno das fintechs está surfando em uma onda de otimismo no momento. “Mas temos que esperar para ver como o aperto dos mercados de capitais e outros fatores macroeconômicos afetarão as novas empresas e seus modelos de negócios”, disse. “Acreditamos que as maiores recompensas irão para as empresas que estão focadas na melhoria da gestão de risco e tornando o crédito mais acessível a todos, em todo o mundo, que precisam e conseguem lidar de forma responsável.”

“Os chamados dados alternativos para oferecer segurança contra riscos não são uma alternativa, na verdade, são um complemento”, disse Lansing. “Para medir o risco de crédito de uma determinada pessoa, você não pode ignorar sua história de crédito, que é o fator mais preditivo de todos. Nossa abordagem combina esses dados comprovados ao poder de outras fontes de dados, como história de aluguéis e pagamentos de serviços, para ajudar os credores a estenderem crédito a mais pessoas de forma responsável e lucrativa.”

Lançamentos

Durante o evento a FICO lançou a plataforma Cyber Analytics para melhorar a detecção de aumento de ataques, novos ataques ou “zero-day”. Ela identifica a atividade anômala em milésimos de segundos, usando perfis de transações em tempo real e os modelos de autoaprendizagem. Estas análises marcam “comportamento” suspeito de dispositivos, usuários ou servidores, similar à maneira que a solução fraude de cartão de crédito identifica bilhões transações imediatamente no mundo todo. Também fez uma parceria com a IBoos, provedora na nuvem, que através das pontuações de ameaças cibernéticas quantifica com exatidão as ciberameaças para remediá-las em tempo real e evitar a perda de dados catastrófica e a infecção antes que ela ocorra.

A nova versão da plataforma Decision Management Suite 2.0 anunciada no evento, promove uma ampla atualização de suas características e incorpora novas features, para que de maneira fácil os clientes possam avaliar, personalizar, implantar e dimensionar soluções analíticas e de gestão de decisões.

Por usar o conceito de RAD – Rapid Application Development – oferece agilidade na construção de modelos analíticos e serviços de decisão, que operacionalizam os insights. Ela pode ser contratada on premisses ou na nuvem da AWS.

*Claudiney Santos, viajou a Washington a convite da empresa.

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