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Tráfego IP crescerá 2,3 vezes em cinco anos no Brasil

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Com o aumento da penetração de uma banda larga cada vez mais rápida, uma maior quantidade de dispositivos conectados e o crescimento no consumo de vídeo, o tráfego IP no Brasil deverá mais do que duplicar em cinco anos, de acordo com a previsão do estudo Cisco Visual Networking Index (VNI), divulgado nesta quarta-feira, 27. A taxa de crescimento anual composto (CAGR) brasileira será de 19% até 2019, totalizando 53 exabytes por ano, o que equivale a 4 exabytes por mês e 145 petabytes por dia.

Em 2014, o tráfego mensal brasileiro era de 1,9 exabyte por mês. Ou seja: a previsão é de que cresça 2,3 vezes em cinco anos. Com isso, o volume total em 2019 corresponderá a 399 vezes o volume de toda a internet brasileira em 2005.

No entanto, comparando com outros países da América Latina, o Brasil é o de menor CAGR prevista. Segundo a Cisco, o México terá taxa de crescimento anual composto de 29%, seguido de Chile com 23% e Argentina com 21%, enquanto o resto do bloco latino-americano terá aumento de 31%. De acordo com o diretor do segmento operadoras da empresa, Hugo Baeta Santos, o índice brasileiro se explica “talvez porque o país tem a maior penetração em banda larga”.

Essa penetração chegará a 64% da população em 2019 no Brasil, totalizando 134 milhões de usuários (contra 88 milhões atuais). Considerando também a comunicação máquina a máquina (M2M) da Internet das Coisas (IoT), serão 785 milhões de dispositivos e conexões (ou 3,7 per capita), contra 429 milhões em 2014.

Isso conduzirá a uma mudança no perfil dos acessos no país. Desse total de 785 milhões, quase um terço – 32%, ou 251,2 milhões de acessos – será de acessos M2M, o que evidencia a tendência do crescimento da Internet das Coisas. Note-se que isso considera não apenas aparelhos conectados à Internet, mas também dispositivos que se conectam em redes privadas independente da tecnologia (como Bluetooth, por exemplo). Em seguida, os smartphones serão 25% dos acessos, contra 15% de TVs conectadas, 13,6% de feature phones, 7% de PCs e 3% de tablets.

Acessos acima de 10 Mbps

O consumo também mudará graças ao crescimento de 2,2 vezes da velocidade média: o país sairá dos atuais 8,3 Mbps na banda larga fixa para 18,6 Mbps em cinco anos. Para efeito de comparação, o Brasil está muito atrás em relação à velocidade média mundial, que era de 20,3 Mbps e chegará a 42,5 Mbps. Nota-se também que o país lidera o ranking de velocidade na América Latina atualmente (que é de 7,2 Mbps e ficará em 16,9 Mbps), mas perderá para o México (que terá 19,1 Mbps) em 2019.

Ao final desse período previsto no VNI, o Brasil terá 10,7% das conexões com velocidades acima de 50 Mbps e 13,5% acima de 25 Mbps. A maior parte será de acessos acima de 10 Mbps: 35%. Santos afirma que as operadoras brasileiras estão investindo em infraestrutura para atenderem à demanda do tráfego, especialmente no backhaul para a conexão móvel, ainda que essa não seja a realidade atual. “O planejamento delas já visa tecnologias que podem dar esse salto sem precisar fazer troca massiva de tecnologia”, diz ele, referindo-se ao backbone com fibra ótica cada vez mais próxima ao usuário. “Hoje, dentro das operadoras, expansão da rede de fibra é um dos pontos principais. O bom é que isso está no topo da agenda.”

Na divisão por consumo mensal por dispositivo, o laptop/PC continuará a ser o maior consumidor de tráfego: sairá de 24 Gigabyte por mês (GBpm) em 2014 para 37,8 GBpm em 2019. O tablet crescerá mais, saindo de 6,3 GBpm para 26,5 GBpm. Mas, devido a quantidade de aparelhos, o que pesará mais na rede será o aumento do tráfego em smartphones, que é de 0,8 GBpm e ficará em 3,6 GBpm. A Cisco diz ainda que os módulos M2M, apesar de serem responsáveis por quase um terço do total de conexões, consumirão menos do que os demais dispositivos, com 0,39 GBpm em 2019 (e 0,05 GBpm atuais). Já as TVs Ultra HD (4K) sairão de 0,4 GBpm para 3,6 GBpm, incluindo tráfego de vídeo on demand IP (ou seja, serviços como Netflix e YouTube).

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