Ao idealizar uma ferramenta digital, as equipes geralmente dedicam boa parte do tempo ao design do projeto e à vida útil do produto. Mas cuidados devem ser tomados para que o novo dispositivo seja gerenciado de forma que assegure uma melhor performance. Um perfil para cada tipo de usuário deve ser elaborado e testado para a nova tecnologia, assim como os possíveis obstáculos e problemas que esses usuários possam vir a enfrentar em seu uso.
Porém, não são raras as histórias de iniciativas que são frustradas um ano após seu lançamento – algumas em até seis meses. Isso porque os consumidores do mundo digital são exigentes e querem que as soluções produzidas para eles tenham sempre uma boa performance ao serem executadas (rapidez, agilidade e usabilidade das ferramentas digitais, por exemplo). Caso contrário, a experiência não será satisfatória e eles deixarão de consumir o serviço fornecido. Isso serve de alerta, uma vez que o mercado se torna cada vez mais dependente da tecnologia e saem na frente as empresas que melhor atendam a essas necessidades do público.
Soluções como Internet das Coisas, Big Data e Cloud ocupam cada vez mais espaço no cotidiano das pessoas e das corporações. Pesquisas apontam que os gastos com TI em todo o mundo vão totalizar US$ 3,5 trilhões em 2017, um aumento de 2,7% em comparação com 2016.
Se o mundo nunca esteve tão digital como agora, as transformações que acontecem nesse cenário também nunca foram tão frenéticas. Novas práticas e soluções exclusivas para o gerenciamento da performance de soluções digitais são apresentadas a todo instante.
Para garantir a melhor experiência possível dos usuários, apresento os principais pontos que devem ser considerados na hora de gerenciar a performance de sua ferramenta digital:
Inteligência Artificial e Internet das Coisas no conjunto das transformações digitais
Para proporcionar uma experiência favorável e que traga a fidelização do público-alvo, as organizações precisam apressar a busca pela transformação digital se quiserem incrementar seu retorno financeiro. Essa mudança é um processo complexo que envolve infraestrutura e investimentos.
Uma tendência é investir no desenvolvimento de pesquisas que abordem o aprimoramento de sistemas que utilizam inteligência artificial e, principalmente, projetos de Internet das Coisas. Até 2020, estima-se que o mundo terá mais de 20 bilhões de coisas conectadas.
Monitoramento
O monitoramento da performance das soluções digitais é essencial para avaliar o desempenho dos sistemas oferecidos pelas empresas. Ao analisar o funcionamento de containers, por exemplo, os profissionais de TI tendem a priorizar o gerenciamento de como o serviço no interior do equipamento é realizado.
DevOps
A mudança no modo de operação de trabalho na área de TI pode ser percebida com a construção da cultura DevOps nas empresas – ou seja, a integração das equipes de TI com outros setores como o de desenvolvimento de software –, para otimizar a solução de problemas na construção de projetos. Segundo pesquisas, o DevOps permite que as organizações produzam novos serviços com uma frequência 30 vezes maior e com 60 vezes menos falhas na execução se comparado com o modelo clássico.
Otimização das operações
Em relação aos serviços tradicionais, os microsserviços têm suas operações realizadas em minutos em vez de horas. Assim, eles ajudam a otimizar o tempo das ações de uma ferramenta.
Monitorar seu funcionamento também é essencial para garantir a boa performance da tecnologia. Além disso, esse é um dos pilares da arquitetura moderna dos sistemas de computação que trabalham em conjunto.
Virtualização das operações
Novas soluções de Inteligência Artificial como o DAVIS (inteligência artificial utilizada em soluções de análise de performance) ajudam profissionais de TI a identificar problemas via ChatOps e VoiceOps. A virtualização otimiza os procedimentos para encontrar falhas no sistema e evita que sejam criados ambientes de War Room.
Experiências positivas no lugar de produtos e serviços
A experiência do usuário deve sempre ser valorizada. O ideal é que as empresas não sejam apenas vendedoras de produtos e serviços, mas ofereçam experiências positivas para que seus clientes possam se adaptar às tecnologias, aos conceitos e aos canais de comunicação que até pouco tempo eram inexistentes – como as redes sociais, Cloud Computing, Mobilidade, Big Data e Internet das Coisas.
Cloud como parte da transformação digital
A Nuvem é uma das peças-chave da grande transformação digital que está acontecendo pelo mundo. Nos próximos cinco anos, mais de 90% das pessoas que trabalham diretamente ligadas à tecnologia deverão migrar suas estratégias para as plataformas de Cloud.
Conhecer a Nuvem e seus desafios
Diante das transformações digitais que estão em vigor, como o crescimento do uso da Nuvem, é preciso saber quais são os desafios desse novo ambiente. Para isso, é necessário conhecer os detalhes desse sistema.
Rene Abdon, diretor de Serviços da Dynatrace no Brasil.