Apesar das mudanças feitas por novo CEO, BlackBerry encerra outro trimestre com perda

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O bom trabalho executado pelo CEO interino John Chen, há cinco meses no cargo, ainda não foi capaz de trazer o azul para a última linha do balanço da BlackBerry. Sem surpresas, os resultados financeiros do terceiro trimestre do ano fiscal de 2014, encerrado em 1º de março, divulgados nesta sexta-feira, 28, mostram que a empresa ainda está longe de recuperar a rentabilidade.

Conforme já previsto pela companhia, ela encerrou o período com prejuízo de US$ 423 milhões, ante um lucro de US$ 98 milhões registrado no mesmo trimestre do exercício fiscal anterior, elevando a perda total no ano fiscal para US$ 5,9 bilhões. A cifra, no entanto, representa uma queda de cerca de 44% em relação a perda de US$ 965 milhões contabilizada no trimestre anterior. A receita, por seu lado, teve forte queda, de 63,5%, recuando de US$ 2,67 bilhões, um ano antes, para US$ 976 milhões.

Na quebra da receita por região geográfica, o desempenho também foi ruim. Na região da Europa, Oriente Médio e África (EMEA), onde havia registrado receita de US$ 549 bilhões no trimestre imediatamente anterior, a cifra ficou em US$ 412 milhões. A América Latina foi a região com o pior desempenho no período, arrecadando US$ 127 milhões, 6% a menos que no segundo trimestre. A América do Norte registrou queda de cerca de 13%, para US$ 297 milhões, e a região da Ásia-Pacífico teve retração de 17%, contabilizando US$ 140 milhões em receita.

Apesar do mau desempenho da BlackBerry, os analistas financeiros não acham que a empresa esteja indo rapidamentepara o colapso. Desde que assumiu o comando da empresa, em novembro do ano passado, Chen renovou suas fileiras executivas, acelerou as demissões de funcionários, cortou custos e vendeu imóveis. Mas o mais importante é o plano de Chen de desviar o foco da empresa dos aparelhos celulares e direcioná-lo para o negócio de software e serviços.

Esta mudança, segundo muitos analistas já anteciparam, pode, sim, recuperar a BlackBerry. Isso porque o plano se concentra em um mercado que efetivamente está em crescimento, além de tentar revitalizar o popular serviço de mensagens instantâneas BlackBerry Messenger.

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