A meta do Google para este ano na América Latina era crescer entre 115% e 116%, mas em decorrência da crise financeira mundial a empresa decidiu rever para baixo a projeção e agora estima expansão de 75% a 80%. "Mesmo assim, ela continuará a ser a região que mais cresce dentro da operação global", afirma Alexandre Hohagen, diretor geral do Google para a América Latina.
Segundo o executivo, os negócios da empresa aumentaram 65% na região no primeiro trimestre, sendo que em 2008 havia crescido mais de 100%. Com esse avanço acelerado, Hohagen diz que a região passou a ter participação mais elevada nos resultados globais da companhia, ano a ano.
Para suportar esse crescimento, o executivo revelou que a região foi uma das poucos que recebeu aval da companhia para ampliar os investimentos e a equipe de profissionais. "Para manter esse avanço, preciso de um grupo de trabalho maior e mais recursos", disse ele, ressaltando que, mesmo com uma penetração de apenas 25% da internet, a América Latina é uma das maiores regiões em consumo de web. "Esse fato nos mostra um potencial elevado de crescimento na região", completa.
Hohagen adiantou que a empresa vai atuar fortemente na região, principalmente no Brasil, para mostrar as vantagens dos produtos de publicidade do Google, bem como seus resultaodos, às empresas. Segundo ele, a estratégia é também reforçar a atuação no mercado corporativo, por meio da oferta de serviços de cloud computing, como o Google App Engine, serviços de host para aplicações para uso corporativo, como vídeos, e-mail, entre outros, além do Google Enterprise, que oferece uma ampla gama de ferramentas de produtividade, como editor de textos, planilha eletrônica e correio eletrônico.
O Google também vai intensificar os esforços para monetizar o Youtube no país, com a venda diária de espaço publicitário em buscas no site de compartilhamento de vídeos. Hohagen adiantou, ainda, que anunciará em breve uma plataforma de "monetização" do Youtube baseada em concursos de vídeos, que foi criada no Brasil e será exportada. "Já temos contratos fechados para esse novo produto. Também teremos novas ferramentas a partir de julho no Brasil e já temos outro contrato fechado com um novo anunciante", diz ele, sem revelar nomes.
- Pressão econômica