O governo federal obteve economia de 24% ao utilizar o pregão eletrônico nas aquisições públicas durante os quatro primeiros meses deste ano, segundo levantamento feito pelo Ministério do Planejamento, a partir de dados do portal de compras Comprasnet. De acordo com o ministério a economia total foi de cerca de R$ 1,5 bilhão pelo uso dessa modalidade de compra de bens e serviços. O cálculo teve como base o valor de referência dos produtos e bens adquiridos. Neste ano, foram realizadas 6.372 contratações por essa modalidade, com um gasto total de R$ 4,8 bilhões.
O secretário de Logística e Tecnologia da Informação, Delfino Natal de Souza, defende a utilização do pregão eletrônico por esta modalidade reduzir os custos operacionais dos processos, além de trazer mais transparência às auditorias e isonomia pela publicação de todo o certame na internet. “A informatização vale mesmo a pena, somente com o processo eletrônico na gestão das compras públicas é possível gerenciar adequadamente”, complementa Delfino.
De acordo com o levantamento do Ministério do Planejamento, entre as maiores aquisições públicas de materiais estão os grupos de equipamentos e artigos para uso médico, dentário e veterinário, com aproximadamente R$ 1,7 bilhão. Em seguida, vêm os instrumentos e equipamentos de laboratório, com cerca de R$ 712 mil, e os produtos de alimentação que responderam por uma quantia em torno de R$ 555 mil.
Já em relação aos serviços, a administração pública federal fez um grande investimento na contratação na área de suporte, que correspondeu por R$ 1,4 bilhão das contratações feitas pelo governo federal. Estes serviços envolvem, por exemplo, ações desempenhadas na administração e operação em processamento de dados.
Outros serviços que também tiveram destaque foram os de saúde humana e de engenharia, com custos de R$ 848 mil reais e R$ 645 mil reais, respectivamente. Ressalta-se ainda que, no total, 43% das aquisições públicas foram de materiais e 57% de serviços
Micro e pequenas empresas
A participação das micro e pequenas empresas (MPEs) nas aquisições públicas respondeu, nos quatro primeiros meses de 2012, por 25%, cerca de R$ 2,8 bilhões, dos valores despendidos nas compras governamentais. Este dado demonstra a continuidade do crescimento do setor, pois comparando-se os meses de janeiro a abril, nos anos de 2007 a 2012, notou-se que o aumento acumulado desses fornecedores nas aquisições e contratações públicas foi de 69%. Já as demais modalidades de licitação tiveram apenas 6%.
O relatório mostra que as MPEs responderam, nesse mesmo período de 2012, por 46% das compras e contratações realizadas por meio de pregões eletrônicos.
O secretário explica que durante este período, as compras por esta modalidade junto às micro e pequenas empresas geraram uma economia de R$ 660 milhões. “Isto demonstra a importância do modelo eletrônico para este segmento”, diz Souza.
Ao analisar os quatro primeiros meses dos últimos cinco anos, as MPEs responderam, em média, por 52% do valor despendido nas compras de até R$ 80 mil. Enquanto a variação acumulada da participação desses fornecedores foi de 97%, as empresas de grande e médio porte tiveram uma redução de 14%.