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PL que mantém incentivos a chip pode atenuar impacto de MP do ajuste fiscal sobre setor eletrônico

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O Senado aprovou nesta quinta-feira, 28, mais uma medida do ajuste fiscal do governo federal, o PLV 6/2015, resultado de alterações na Medida Provisória 668/2015, que aumenta as alíquotas de duas contribuições incidentes sobre as importações, o PIS/Pasep-Importação e a Cofins-Importação. Na regra geral, elas sobem de 1,65% e 7,6% para 2,1% e 9,65%, respectivamente.

O aumento dos tributos, no entanto, deve ter impacto um pouco menor na indústria de eletrônicos nacional. É que na semana passada a Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) do Senado aprovou PLC 21/2015 que torna permanentes os benefícios tributários para o setor de semicondutores e componentes eletrônicos dentro do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores (Padis). O programa encerra-se no próximo dia 31.

O texto aprovado pela CCT altera a Lei 11.484/2007, que dispõe sobre os incentivos às indústrias de equipamentos para TV digital e de componentes eletrônicos semicondutores e sobre a proteção à propriedade intelectual das topografias de circuitos integrados, instituindo o Padis e o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Equipamentos para a TV Digital (PATVD).

A Lei zera as alíquotas do PIS/Pasep, da Cofins, do PIS/Pasep-Importação, da Cofins-Importação e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) incidentes na compra de aparelhos, instrumentos e equipamentos usados na fabricação desses dispositivos.

O projeto de lei estende ainda esses benefícios à fabricação de cartões inteligentes, displays para smartphones e tablets e também para as matérias-primas utilizadas na fabricação de outros componentes desses aparelhos. O projeto segue agora para a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

Temendo o fim do programa, o presidente da CCT, Cristovam Buarque (PDT-DF), e os senadores Walter Pinheiro (PT-BA) e Flexa Ribeiro (PSDB-PA) informaram que vão procurar o presidente da CAE, Delcídio do Amaral (PT-MS) para pedir que ele inclua o projeto já na próxima pauta da reunião.

Isenção para venda

Quanto à isenção tributária concedida pela lei na venda dos produtos finais, o texto inclui os serviços associados a eles e revoga restrições para o alcance da isenção de PIS/Pasep, Cofins e IPI. Atualmente, no caso dos displays, por exemplo, a isenção para sua venda ocorre somente se o seu projeto e principais componentes tenham sido feitos no Brasil.

O texto aprovado pela CCT permite ainda a importação do circuito integrado de dispositivos de memória e de cartões inteligentes que tenham passado por etapas de construção e testes no exterior após a concepção do circuito ter sido feita no Brasil. Ou seja, permite que seja considerado como insumo o circuito integrado importado. A exigência é que a importação dos produtos nos dois casos seja feita por empresa beneficiária do Padis

Em seu parecer pela aprovação do projeto, o senador Flexa Ribeiro destacou que o Brasil possui quase 40 milhões de aparelhos, despontando como um dos principais mercados de smartphones do mundo, mas não possui uma indústria relevante de itens utilizados na fabricação desses aparelhos.

“Contudo, esse imenso número de aparelhos, somado a outros do tipo tablets e computadores, representa um grande déficit na balança comercial brasileira relativo a componentes eletrônicos, já que o país não possui uma indústria relevante de diversos componentes”, destaca Flexa Ribeiro.

Procurada por este noticiário, para esclarecer qual será o real impacto da medida para os fabricantes de PCs, tablets e smartphones, a Receita Federal não respondeu, até o encerramento desta edição, à solicitação enviada por e-mail, conforme orientação da assessoria de imprensa do órgão. Com informações da Agência Senado.

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