Ao completar 25 anos, GeneXus concentra foco em inovação com criação de fomentadora de startups

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Ao completar 25 anos de atividades, a GeneXus, plataforma de desenvolvimento de aplicativos multiplataforma, acaba de criar a Thales Lab, organização que tem como objetivo auxiliar na criação de empresas e colocar em contato pessoas com ideias para conectá-las com a comunidade desenvolvedores, que querem investir algum tempo disponível na sua implementação, por acreditar que elas podem ter um futuro promissor.

Essa foi uma das principais iniciativas anunciadas por Nicolas Jodal, CEO da GeneXus, na abertura do 25º Encontro Internacional Genexus, que começou nesta segunda-feira, 28, em Montevidéu, no Uruguai, reunindo mais de 3 mil usuários, parceiros de negócios e funcionários das empresa, que tem mais de 100 mil desenvolvedores, 8,5 mil clientes em mais de 33 países.

O CEO  da GeneXus destacou a há um paradoxo com ideias, pois embora elas sejam essenciais, as ideais não têm valor se não forem implementadas, o que é o propósito do Thales Lab. Sylvia Chebi, CEO, do laboratório  explicou que apesar do projeto ser um spinoff (separação) da GeneXus, não existe obrigatoriedade do interessado estar ligado à empresa, bastando que seja uma ideia original, de base tecnologia, aberta  e que o proponente seja um especialista no tema.

Segundo Sylvia, já existem  nove projetos em andamento, um deles em Kuala Lampur, na Malásia. Em relação  aos investidores, além da GeneXus, o Thales Lab conta com empresários privados  do Uruguai, Argentina e Estados Unidos, não ligados a bancos ou fundos de investimentos financeiros, pois segundo ela, "muitas vezes os empreendedores buscam a cadeia o conhecimento e o relacionamento, em vez de apenas aportes financeiros".

Para os clientes da GeneXus, ela pode ajudar a criar uma startup onde os funcionários da empresa podem desenvolver um projeto compartilhado, que, se der certo, trará resultados para ambos os lados. A empresa retém os profissionais, que recebem participação no negócio e ao mesmo tempo ela desenvolve uma uma nova atividade que não teria sucesso se não fosse dessa forma.

Mobile, nuvem, APIs e IoT

Jodal também apresentou as diretrizes que a empresa prentende tomar no desenvolvimento de sua ferramenta, que são a web, mobile e nuvem. Para ele, "o acesso cada vez maior de acesso à web via dispositivos móveis tem gerado pressão sobre os sistemas 'mobile friendly', e essa pressão nos últimos tempos tem se acelerado, especialmente desde que o Google anunciou que iria colocar mais para baixo na sua lista de sites de busca que não são amigável móvel, motivos pelo qual temos trabalhado duro no GeneXus X Evo3 para gerar plataformas mais importantes para esse mercado".  Segundo ele,  outra tendência que pode  impactar o mercado mobile são os apps para smartwatches.

A consolidação da nuvem também é uma realidade, agora mais do que nunca se tornou popular, "para ter uma idéia estão saltando para a nuvem GeneXus cerca de 6,5 mil aplicativos por ano e a tendência de crescimento é superior a 10% ao ano" disse.

"Como apertamos a tecla F-5 para gerar  um  ambiente de testes para prototipação na nuvem, nos futuro poderemos ter uma outra simples tecla para colocar o aplicativo em ambiente de produção'', exemplifica Jodal.

Outra tendência ressaltada pelo executivo é o chamado open data (dados abertos) para o qual são criadas uma série de APIs para desenvolver serviços compartilhados. "Se olharmos com cuidado veremos uma grande tendência nos últimos tempos: está se tornando mais fácil para acessar dados de terceiros por meio de programação continua."

Na área de ERP, por exemplo, têm muitos que já têm APIs disponíveis, com a K2B uruguaia e a SAP,  para os quais a GeneXus desenvolveu conectores. No mercado de comércio eletrônico, fizeram parceria com o Mercado Livre, que através da APIs possibilitam acesso a mais de 140 milhões de consumidores na América Latina.

O CEO da GeneXus disse ainda que o surgimento de um cem números de sensores, cada vez mais baratos em com melhor qualidade, também pode se transformar numa oportunidade para desenvolvedores e clientes da empresa. "Vemos um mundo onde a entrada de dados está se tornando menos relevante, mas como eu disse, os problemas nunca se resolvem, são substituídos por novos problemas. E o novo problema que temos de resolver é o que fazer com todos aqueles dados gerados para  serem relevantes para as pessoas.", disse Jodal.

Originalmente chamado Artech e também GeneXus Internacional, a empresa resolveu  unificar sua marca adotando a denominação apenas de  GeneXus, pois o produto nesses 25 anos se tornou mais conhecido que o nome da corporação. Seu fundador, Breogán Gonda, trabalhou no Brasil nos tempos do mainframe e das linguagem de 4ª geração, por mais de 20 anos, antes de resolver criar a empresa no Uruguai, com seu parceiro de consultoria Nicolas Jodal.

 

*Claudiney Santos viajou a Montevidéu a convite da empresa.

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