Uma das expectativas dos técnicos da Anatel ao estabelecerem padrões de qualidade de rede para a banda larga fixa (SCM) é que isso induza o mercado a expandir dos atuais 16 para pelo menos 67 Pontos de Troca de Tráfego (PTTs).
A explicação é simples: para conseguir atender aos parâmetros estabelecidos, quanto mais próximos estiverem os Pontos de Troca de Tráfego do usuário final, mais fácil fica ajustar a rede e conseguir os índices estabelecidos. São eles: 80 ms de latência bilateral nas redes terrestres e 900 ms nas redes satelitais; 50 ms de jitter, 2% de perda de pacotes e 99% de disponibilidade. A avaliação dos técnicos é que esses índices são factíveis, mas ficam bem mais realistas se houver uma expansão significativa na quantidade de PTTs
A ampliação dos PTTs é um dos pontos (polêmicos) incluídos no novo Plano Geral de Metas de Competição (PGMC), que ainda está em análise após o fim da consulta pública. Mas há um detalhe importante: existe uma negociação entre Anatel, CGI.br e operadoras para que o custo da ampliação dos atuais 16 PTTs existentes no Brasil para 67 PTTs (um em cada área de registro) seja bancado pelo CGI.Br. São nesses pontos de troca que diferentes operadoras de banda larga se conectam para se interconectarem com outras.
A exigência para as empresas com Poder de Mercado Significativo passaria a ser, então, que elas se conectassem ao PTT e estivessem abertas aos acordos de troca de tráfego.