Portabilidade muda correlação de forças entre operadoras, indica estudo

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A chegada da portabilidade numérica a vários países da América Latina, com a implantação programada para entrar em vigor em 2008 no México, em 2009 no Brasil e na República Dominicana, e em 2010 no Peru, seguido do Chile, Colômbia e Panamá, devem mudar radicalmente o cenário competitivo na região, de acordo com estudo divulgado pela Frost & Sullivan, empresa de consultoria e pesquisa de mercado.

?Com todos os países planejando implementar a portabilidade, a questão é qual operadora assumirá a liderança em termos de estratégia de mercado?, diz Ignacio Perrone, analista da Frost & Sullivan. ?Os atuais competidores e as novas empresas que entrarem na disputa precisam ter boas estratégias para capitalizar as oportunidades que a portabilidade vai proporcionar para elas.?

O estudo detectou que como os consumidores nos maiores mercados da região poderão reter seus números ao trocar de operadora, este fator vai implicar em mais pressão competitiva. Os primeiros 18 meses devem ser os mais difíceis, segundo a Frost & Sullivan, pois os clientes mais empolgados devem mudar de operadora nesse período. ?As empresas vão tentar avançar oferecendo produtos de valor agregado e serviços de maior qualidade aos consumidores. Contudo, as estratégias agressivas das novas entrantes são as principais ameaças para as líderes do mercado. Em um esforço para entrar nesse segmento, elas vão seduzir os clientes das principais operadoras com a oferta de produtos de preço mais baixo?, avalia Perrone.

Segundo o analista, diante desse novo cenário, tanto as empresas já estabalecidas quanto as entrantes devem implementar estratégias de defesa e ataque como promoção da marca, oferta de produtos e planos de tarifas atraentes, juntamente com boa qualidade de rede e cobertura. Para Perrone, embora a portabilidade torne os consumidores mais sensíveis a questões como qualidade, serviço e preço, ela não altera o churn (taxa de clientes que deixam a empresa). Os principais propósitos são promover a concorrência e evitar a estagnação do mercado.

Perrone ressalta que, para sustentar os esforços em manter o setor vivo, as empresas precisam preparar uma forte estratégia de negócios, com foco no marketing. ?A complexidade do processo de implementação da portabilidade e a necessidade de altos investimentos na infra-estrutura de rede força as operadoras a focar em assuntos técnicos e financeiros?, avalia. ?Daí, elas têm de pensar em estratégias de marketing para enfrentar o impacto potencial da portabilidade e se destacarem do restante do setor?, finaliza o analista.

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