Black Friday movimenta R$ 2,48 bi no comércio eletrônico, aponta ABComm

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A Black Friday, realizada na última sexta-feira, 24, movimentou R$ 2,48 bilhões nas lojas virtuais do País. É o que avalia a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). De acordo com a entidade, esse montante representa um crescimento de 16% quando comparado com a mesma data do ano passado.

A ABComm considerou as lojas virtuais e também os marketplaces dentro do período de 20 a 24 de novembro. No total foram realizados 10 milhões de pedidos, com um tíquete médio de R$ 246. Dentre os produtos mais buscados na data estiveram Informática, Celulares, Eletrônicos, além de Moda e Casa e Decoração.

De acordo com Mauricio Salvador, presidente da ABComm, esse resultado demonstra que a Black Friday está cada vez mais consolidada no Brasil. "Como esperado, muitos consumidores se prepararam para aproveitar as promoções do período, bem como os lojistas virtuais", afirma.

Outros players do comércio eletrônico também sentiram os impactos positivos na data. A Tatix, empresa especializada em gestão completa (full service) de comércio eletrônico, observou um crescimento médio de 20% dentro da sua carteira de clientes. A companhia opera as lojas virtuais de grandes marcas do varejo, como Pernambucanas, Som Livre, Glamour, Giga Barato, entre outras.

De acordo com Luis Fernando Miller, sócio-diretor da Tatix, o Volume Bruto de Vendas, indicador que mede vendas próprias de mercadorias e vendas de terceiros, foi de cerca de R$ 10 milhões no fim de semana da Black Friday. De acordo com ele, o destaque foi a categoria Moda. "Assim como esperado pelo mercado, os números registrados foram bastante expressivos", afirma o executivo.

Varejo físico apresenta alta no fluxo

O varejo tradicional, que vem aderindo com mais intensidade às promoções da Black Friday, também observou crescimento na movimentação de consumidores. O fluxo nos shopping centers do País cresceu 8,13% no dia do evento em relação ao ano anterior, segundo o Índice de Visitantes em Shopping Centers (IVSC), realizado pela ABRASCE (Associação Brasileira de Shopping Centers) em parceria com a FX Retail Analytics, empresa especializada no monitoramento de fluxo de visitantes para o varejo.

"Realidade no e-commerce, os números mostram que a Black Friday está se consolidando no mundo físico, com um aumento proporcionado não só pelas ofertas dos varejistas, mas também por lanchonetes, restaurantes e boutiques de doces, que também aderiram ao movimento", afirma Walter Sabini Junior, sócio-fundador da FX Retail Analytics.

Recuperação de compras

Os lojistas virtuais também recuperaram uma grande quantia de compras que então seriam alvo de desistência pelos consumidores. De acordo com dados da Linx+ShopBack, empresa especializada na recuperação de clientes por meio de abordagens inteligentes baseadas em Big Data, 806 lojas virtuais recuperaram R$ 121 milhões entre a noite de quinta-feira (23) até o final da sexta (24) com ações direcionadas.

Ainda de acordo com informações da empresa, esse valor representa mais de 283 mil novos pedidos realizados após uma primeira desistência, com tíquete médio de R$ 427. As ações que mais resultaram em recuperação de clientes foram por e-mail, com 29%, seguidas por notificações push, com 26% e por overlays inteligentes (mensagens que aparecem na própria página antes do abandono), com 19% de recuperação. Os segmentos que mais resgataram vendas por esse modelo foram: Eletrodomésticos, Eletrônicos, Moda e Acessórios e Viagens.

"Ferramentas inteligentes, capazes de abordar os consumidores de forma assertiva, se tornam ainda mais importantes durante a Black Friday, diante da enorme concorrência e da necessidade de um rápido tempo de resposta", afirma Isaac Ezra, CEO da ShopBack. "O desafio é engajar o consumidor por meio de ofertas relevantes em tempo real, e isso só é possível com o uso da inteligência dos dados", ressalta.

Recorde

A Braspag, empresa do grupo Cielo, registrou recorde de transações na edição 2017 da Black Friday, com aumento de volume transacional de 125% comparada a mesma 6afeira no ano passado. O pico de vendas ocorreu às 14 horas da sexta-feira, quando foram recebidas quase 100 mil transações no intervalo de uma hora. A empresa envolveu 100% do seu efetivo na operação.

Segundo o CEO da companhia, Gastão Mattos, o crescimento das vendas começou ainda na quinta-feira quando a empresa já registrou recorde de vendas, em relação à edição anterior. As vendas de Sábado e Domingo após a BF, também foram recorde com aumento de 215% e 254%, respectivamente, comparados aos mesmos dias na edição do ano anterior.

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