A fim de reduzir sua dependência do GPS, criado pelo Pentágono e controlado pelos Estados Unidos, o governo chinês lançou sua própria rede de geolocalização chamada Beidou. O poder central do país já colocou em órbita dez dos 16 satélites que irão compor o sistema de navegação a partir do ano que vem. Segundo o governo, o Beidou irá fornecer dados de geolocalização do país e suas proximidades. A estratégia das autoridades chinesas é ir diminuindo gradativamente a dependência em relação ao sistema americano, já que o governo dos EUA pode, em caso de guerra, por exemplo, bloquear o acesso ao GPS ou até mesmo rastrear informações na rede.
O Beidou será controlado pela Corporação de Ciência e Tecnologia Aeroespacial da China, uma das principais estatais militares, responsável pelo programa espacial do país. A rede começou a ser desenvolvida no ano 2000 e a expectativa é ter 35 satélites em órbita até 2020, quando estiver totalmente concluída. Mas o Beidou começa a funcionar já no próximo ano e o investimento está avaliado em 50 bilhões de yuans (o equivalente a US$ 7,9 bilhões).
Assim como o GPS, o Beidu será utilizado para serviços de geolocalização em aplicativos para dispositivos móveis, como celulares e tablets. De acordo com o governo da China, oferecerá também uma rede de envio de SMS. As autoridades descartaram o uso militar.