A indústria brasileira de software e serviços, que no ano passado movimentou mais de US$ 18,5 bilhões em 2010, deve registrar crescimento de cerca de 20% neste ano e alcançar faturamento de cerca de US$ 22 bilhões neste ano, de acordo com dados preliminares da Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes).
O presidente da entidade, Gerson Schmitt, afirma que a demanda está bastante aquecida e avalia que a expansão do setor só não será maior por causa da escassez de mão de obra no mercado. "A expectativa é manter o mesmo ritmo de crescimento em 2012, que deve ficar entre 15% e 20%", diz o executivo.
Apesar de no geral ter elogiado a lei que prevê a desoneração da folha de pagamento para as empresas de software e serviços de TI – a contribuição previdenciária do setor de TI passa de 20%, incidentes sobre a folha de pagamentos, para 2,5% do faturamento das empresas –, Schmitt observa que a medida pode trazer um impacto negativo para as microempresas, que trabalham com um baixíssimo número de empregados. "Essas empresas às vezes não têm muitos funcionários, por isso terão uma carga tributária mais pesada, que não teriam antes. Isso afeta principalmente as novas empresas do setor", avalia.
