Portugueses levarão laptops de US$ 100 à Guiné-Bissau

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As universidades portuguesas vão levar para Guiné-Bissau o laptop de "US$ 100", num projeto piloto que começa em setembro na ilha de Jeta, arquipélago dos Bijagós. Segundo Ricardo Vieira, do Instituto Politécnico de Leiria (IPL), e Gerd Hammer, da Faculdade de Letras de Lisboa (FLL), a chegada do laptop à Guiné-Bissau, dentro do projeto One Laptop Per Child (um computador por criança).
Esta é a primeira vez no projeto que um acordo oficial junta um governo e instituições de pesquisa e de educação em Portugal.
O projeto piloto, que será lançado na ilha de Jeta, vai abranger 400 alunos do ensino básico e resulta dos protocolos assinados em dezembro de 2008 e este mês entre o Ministério da Educação da Guiné-Bissau, o IPL e a FLL.
"O IPL tem uma unidade de ensino à distância e o Gerd Hammer trabalha com materiais didáticos, software educativo e há aqui uma sinergia que é não só levar uma ferramenta das novas tecnologias de comunicação a África, mas ao mesmo tempo potencializar o desenvolvimento da cultura portuguesa e o ensino da língua", destacou Vieira.
O projeto vai ser aplicado nos próximos dois anos e poderá posteriormente vir a ser executado em outros países de língua portuguesa. Jochen Faget, jornalista alemão residente em Portugal e um dos voluntários envolvidos no projeto, salientou que a iniciativa privilegiará também o crioulo guineense, e que no site da OLPC está sendo feito um dicionário de crioulo.
Os computadores serão fabricados na China e os preparativos para o início da fabricação em série da versão X1, que deverá custar cerca de US$ 70 e incluir uma bateria recarregável, para aproveitar a energia solar, já estão em fase final. Os computadores que vão ser enviados para a Guiné-Bissau têm três portas USB, às quais se podem ligar vários equipamentos, incluindo um leitor de DVD.
O IPL e a FLL vão agora procurar empresas interessadas em patrocinar o projeto, que calculam orçar entre 70 mil e 100 mil euros. "Trata-se de um projeto de baixo custo, porque grande parte do trabalho é feita na base do voluntariado", frisou Hammer. Com informações da Agência Lusa.

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