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Maioria das empresas brasileiras de TI não cumpre metas setoriais

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O Brasil ainda está longe de atingir as metas setoriais como, por exemplo, de exportação de software. A grande maioria das empresas do setor sediadas no país (83%) não exporta, o que faz com que a produção seja apenas para consumo interno, ao contrário das companhias localizadas na Europa, onde o índice de desenvolvedoras de software que não exportam é de apenas 15%.

Os dados fazem parte de um censo realizado pela Aleti (Associação das empresas de TI da América Latina, Caribe, Portugal e Espanha), para o qual foram consultadas 849 empresas de tecnologia da informação de 17 países, associadas à entidade.

O levantamento mostra que 23,4% das companhias estão localizadas na América do Sul, 7,2% estão na Península Ibérica (Espanha e Portugal) e 5,9%, no México e países do Caribe. A maioria, 63,4%, está sediada no Brasil.

No que diz respeito ao quesito inovação, o estudo revela que 66% das empresas da região latino-americana com receita anual acima de US$ 500 milhões investem continuamente em novas tecnologias. O índice cai para 43% em companhias que faturam de US$ 50 milhões a 100 milhões ao ano e 15%, não investem.

A utilização de sistemas operacionais de código aberto no Brasil, umas das prioridades do governo brasileiro, apesar de uma década de apoio explícito de órgãos e empresas estatais, apresenta índices inferiores à média dos 17 países pesquisados. De acordo com o estudo, a participação de mercado dos sistemas operacionais, em termos de uso pelas empresas, está dividida da seguinte maneira: Windows com 77%, Linux com 43% e Apple Mac OS, 12%.

O relatório do censo traz outras informações, como o investimento em desenvolvimento de plataformas móveis (80% das empresas especializadas investem até US$ 5 milhões) e de software como serviço (62% das organizações produzem para utilização interna, sendo que apenas 2,5% exportam mais de 60% de suas soluções), além de interação com o meio acadêmico (21% das companhias têm algum tipo de relação com universidades).

“A tecnologia de cloud computing vem para quebrar barreiras. No modelo de software como serviço [SaaS], por exemplo, os demais países da região vendem para outros países entre 5% a 10% mais em relação às empresas brasileiras. As companhias menores, localizadas no interior do Brasil, querem soluções de classe mundial, por isso adotam aplicativos do Google, Microsoft, etc., em vez de um software nacional”, enfatiza Roberto Carlos Mayer, presidente da Aleti.

Segundo ele, o número de participantes da pesquisa superou as expectativas. “A partir de agora temos um panorama do segmento em 17 países da região Ibero Americana, para debater com maior profundidade a atual situação da indústria de TI dos países que compõe a Aleti, assim como as oportunidades de negócios e marcos regulatórios.” Mayer diz que a participação na WITSA, federação mundial das entidades de tecnologia da informação, servirá como ponto de partida para a globalização das iniciativas. Ele diz que espera incentivar a participação de mais empresas no censo nas próximas edições. “O objetivo do censo é tentar suprir a escassez de informações do mercado mundial de TI, que carece de dados completos”, conclui.

1 COMENTÁRIO

  1. O problema que no Brasil temos que passar muito tempo desenvolvendo soluções para o mercado internet e basicamente atender as necessidades do governo como NFe, PAF e outros…
    Com isso empresas pequenas precisam fazer renda com estes tipos de sistemas para poder colocar outro projeto que poderia ser internacionalizado, mas acabam gastando muito tempo e dinheiro com necessidades internas.
    Infelizmente isso é muito triste.

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