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Cresce pressão sobre a Apple para criar novos produtos; ações caem pelo terceiro dia consecutivo

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A desaceleração nas vendas do iPhone do iPad está colocando mais pressão sobre a Apple para que desenvolva novos produtos, em novas categorias, rapidamente. A tensão aumentou esta semana com a divulgação, na segunda-feira, 27, do balanço trimestral da empresa, cujo relatório apontou a venda de 51 milhões de unidades do smartphone, cerca de 4 milhões a menos do que haviam previstos os analistas, o que derrubou suas ações.

A Samsung, principal rival da Apple, também informou os números de vendas fracas recentemente, sugerindo que o mercado de smartphones high-end está ficando saturado.

Para tentar aplacar a irritabilidade dos acionistas, o CEO da Apple, Tim Cook, disse a analistas, em uma teleconferência, que novos produtos estão chegando neste ano. Mas, a se tomar como base do humor de Wall Street, esses novos produtos terão de chegar mais cedo ao mercado do que talvez imagine a empresa. “Os investidores estão ficando impacientes”, disse Steven Milunovich, analista da UBS especializado em Apple, ao USA Today.

Outro analista, Tony Sacconaghi, da Bernstein Research, avalia que poderia haver um impacto mais concreto nas vendas da fabricante com o desenvolvimento de um novo iPad, maior, projetado para ser usado no trabalho. “O imperativo para novas categorias de produtos está em um bom momento”, observou ele, em nota a investidores.

Mesmo com vendas mais fracas é improvável que a Apple vá descer de patamar de mercado e desenvolver smartphones mais baratos, até porque entraria em rota de colisão com a Samsung, observa Tavis McCourt, analista da Raymond James, ouvido pelo jornal americano. “A Apple levou o iPhone até a ‘exaustão’ porque a maioria dos clientes high-end ja´comprou um aparelho, de modo que o trabalho da empresa agora é passar para um novo produto, de nova categoria”, acrescentou.

Na opinião desses analistas, as quatro principais áreas nas quais a Apple pode expandir seus negócios são a tecnologia para dispositivos vestíveis (wearable devices), como smartwatches, TV, pagamentos móveis e automação residencial. Entrar no mercado de TV é um passo óbvio para a Apple, segundo o analista Gene Munster, da Piper Jaffray. Isso porque, segundo ele, trata-se de um mercado grande o suficiente para uma empresa que em breve estará gerando US$ 200 bilhões por ano em receitas.

Com 238 milhões de TVs vendidas no mundo em 2012, a Apple poderia comercializar 25 milhões de novas televisões de ultra-alta definição. Não é por outro motivo que, numa recente carta aos acionistas da Apple, o megainvestidor ativista Carl Icahn apontou a TV como a primeira de uma lista de novas categorias que a empresa deveria entrar. Pelos cálculos de Icahn, vendida a US$ 1,6 mil a unidade, a TV poderia acrescentar à receita bruta da Apple de US$ 4 bilhões a US$ 15 bilhões em um ano.

De todo modo, McCourt acha que seria difícil para a Apple gerar tal margem com uma TV, embora reconheça que, por ter preço mais elevado que smartphones e tablets, a TV poderia contribuir para aumentar o lucro da empresa. Tanto que rumores no mercado apontam que a fabricante está perto de revelar uma nova versão do seu produto Apple TV, set-top box pequeno que permite aos usuários transmitir vídeo da internet para seus televisores.

Mas enquanto isso não acontece, as ações da Apple continuam caindo. Nesta quarta-feira, 29, os papéis da empresa completaram três dias consecutivos de baixa, fechando pregão normal da bolsa eletrônica Nasdaq com recuo de 1,14%, cotados a US$ 500,70 a ação.

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