Crise, Inovação e Time-to-Market: Os fatores de sucesso da capitalização

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Dados da Federação Nacional de Capitalização (FenaCap), entidade que reúne as 12 maiores empresas do setor, constataram um crescimento de 10% em igual período do ano passado, representando um faturamento de R$ 2,2 bilhões nos primeiros três meses de 2009. As reservas do mês de março chegam a R$ 13,7 bilhões, 12% a mais que no ano passado.
Na classificação nacional, São Paulo fechou o mês de março na primeira colocação com R$ 837 milhões de faturamento e 37% de participação no segmento. O Rio de Janeiro está na segunda posição com R$ 231 milhões de receita e 10% de representatividade, e Minas Gerais em terceiro lugar com R$ 202 milhões e fatia de 9% do mercado.
Números como estes demonstram o momento positivo vivenciado pelo setor, afinal, em tempos de crise, uma das causas para este "fenômeno" é a mudança comportamental dos consumidores em criar e manter o hábito de poupar reservas. Outro importante fator de crescimento da carteira de capitalização pode ser atribuído às tendências e às novas características do mercado brasileiro. A constante queda nas taxas de juros acaba favorecendo a capitalização por tornar menos rentável a aplicação em outros investimentos.
A prática existe no Brasil desde a década de 30, e inicialmente era utilizada como uma ferramenta destinada a influenciar o hábito de poupar, tendo como incentivo a participação em sorteios realizados durante a vigência do plano. Hoje, o cenário mudou bastante e a capitalização virou um instrumento que possibilita o desenvolvimento de soluções para diferentes tipos de demandas da sociedade e é acessível aos diferentes públicos.
Aliado ao comportamento dos brasileiros e a tendência do mercado, e para que tenhamos uma maior prosperidade do mercado de capitalização, será necessário que as empresas do ramo invistam em inovação e maior agilidade, como algumas já estão fazendo. As companhias devem se dedicar na formatação de novos produtos e na redução do Time-to-Market para que possam suprir as necessidades dos consumidores. Além disso, novos produtos pedem componentes lúdicos, que impulsionam e facilitam a comercialização dos mesmos, uma excelente ferramenta de marketing para as empresas.

*Rafael Garrido, sócio responsável pela área de Seguro, Previdência e Capitalização da everis Brasil

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