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PaaS: a indústria de aplicações e sua nova fronteira de negócios

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A forte expansão da mobilidade e da computação em nuvem produz um novo cenário no mundo da informação, no qual o Data Center deixa de ser uma referência estanque para se tornar um ponto de confluência cada vez mais virtual, seja ele habitado ou não pelas chamadas “virtual machines”.

É diante desse cenário que o paradigma PaaS – Plataforma Como Serviço – começa a despontar como a resposta mais provável, a médio e longo prazos, para as novas e complexas necessidades da indústria de apps e de toda a sorte de aplicações, de negócio ou de entretenimento, para milhões de dispositivos fixos e móveis.

Em tempos de Big Data e de expansão do ambiente BYOD (Bring your Own Device), a ideia de uma plataforma externa flexível, posicionada na nuvem, autodimensionável e adquirida sob demanda, no modelo “pay-as-you-go”, é vista pelos analistas como o caminho natural para a gigantesca comunidade de desenvolvedores que buscam recursos avançados de desenvolvimento, hospedagem e execução, a custos equilibrados e capazes de lhes oferecer o melhor time to market para o lançamento de produtos (aplicações) que precisam ser cada vez mais numerosos e competitivos.

Se até há quatro ou cinco anos, se muito, o paradigma PaaS parecia se coadunar com perspectivas de um futuro ainda intangível, hoje a realidade é outra. O rápido amadurecimento de suas antecedentes tecnológicas – o modelo SaaS e o IaaS – já aponta para este modelo cloud de entrega como a opção para agora, enquanto ambiente de produção de aplicações e como nova fronteira de negócios para o conjunto dessa indústria.

Pela avaliação do Gartner, embora ainda modesta, a movimentação financeira desse nicho vem crescendo a taxas surpreendentes, partindo de US$ 900 milhões em 2011 para U$ 1,5 bilhão em 2013 e quase o dobro disso em 2016 (US$ 2,9 Bilhões). Se a taxa de evolução dos negócios é expressiva, os números absolutos também se enrobustecem quando se leva em conta tratar-se de um negócio ainda em seu período de arrancada e com pouquíssimos players em atividade.

As esparsas experiências de sucesso na oferta de soluções PaaS para a comunidade de desenvolvedores só muito recentemente começaram a sair do anonimato e
passaram a ser assimiladas como propostas factíveis pela comunidade mundial de software.

Entre tais iniciativas, mencionem-se as experiências da Amazon Elastic Beamstalk, Heroku e Google App Engine, as quais já mobilizam milhares de desenvolvedores, e cuja adesão só não foi ainda maior devido a limitações naturais dessa primeira geração de estruturas PaaS.

Para superar tais limitações, hoje desponta internacionalmente a experiência Jelastic, que chegou ao Brasil recentemente com todas as ferramentas e bibliotecas traduzidas para o Português e que permite a execução de aplicações sem a exigência de APIs proprietárias que existia nas redes anteriores.

Outra preocupação desta oferta foi a de superar a exigência de códigos específicos para os servidores virtuais e físicos da plataforma, possibilitando a rodagem de qualquer aplicação JAVA e JVM, sem abrir mão do PHP, o que representa um grande conforto para o desenvolvimento.

Esta não exigência de código específico permite que o desenvolvedor JAVA tenha total liberdade de empregar a rede Jelastic durante o tempo que lhe interessar, transferindo a aplicação de forma transparente para rodar em outra estrutura a qualquer tempo que desejar.

A Jelastic também aperfeiçoou os requisitos de autoescala, de modo a provisionar todas as necessidades de memória RAM ou de CPU para a aplicação de forma inteligente e automática. Através de painéis abrangentes e autoexplicativos, o desenvolvedor decide as regras de negócio para estas políticas de escala, provisionamento e disponibilidade para cada aplicação de seu portfolio.

Com isto, o modelo se ajusta perfeitamente a aplicações de alto ou baixo tráfego e estabelece de forma pró-ativa a base de custos de sua operação. A Jelastic dispõe ainda de uma robusta estrutura de dados SQL no padrão open-source e ferramentas avançadas para a construção de frameworks.

Através de iniciativas com crescentes níveis de maturidade, vai aumentando, portanto, a massa crítica do modelo PaaS, como ambiente de negócio e de produção na indústria de aplicações. Em recente beta teste realizado no Brasil pelos introdutores da Jelastic, sob coordenação do provedor Websolute, ficou bastante evidenciado o interesse dos desenvolvedores locais por este novo paradigma.

Com sua reconhecida criatividade e sua grande abertura para a experiência cocriativa, a comunidade brasileira de desenvolvimento encontra no modelo PaaS um dos ambientes mais promissores para a evolução dos seus negócios.

Luis Gustavo Schedel é co-fundador e diretor de Tecnologia da Websolute

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