Sete meses após a sua entrada em operação, a nova fábrica da NCR em Manaus deve ganhar uma nova linha de produção ainda neste ano. Criada inicialmente para atender à demanda por caixas eletrônicos de autoatendimento (ATMs) no Brasil e na América Latina, a planta industrial passará a produzir também cofres para ATMs. A informação foi dada nesta terça-feira, 29, pelo vice-presidente de operações globais da NCR, Peter Dorsman, que não descarta a possibilidade de, no futuro, a fábrica funcionar também como uma plataforma de exportações para outros mercados, além do latino-americano.
A linha de produção de cofres é parte também da estratégia de investimento em novas verticais de negócios, segundo o executivo, que não revela o valor aplicado na nova linha de montagem. "Queremos atender não só bancos, mas também varejo, saúde, viagens e governo", disse Dorsman a TI INSIDE Online. Ele observa que os terminais de autoatendimento serão cada vez mais operados pelos próprios consumidores, e que essa é uma tendência mundial, o chamado sistema de self-service. Como exemplo de aplicação self-service, John Gregg, vice-presidente da NCR para América Latina, cita o depósito de cheques e cédulas diretamente no caixa eletrônico. "A imagem e os respectivos dados dos cheques são capturados e enviados eletronicamente à retaguarda para processamento. O cliente fica com um recibo que leva a imagem impressa do cheque depositado, ou seja, um comprovante instantâneo da transação."
Desde que foi inaugurada, em novembro do ano passado, a fábrica de Manaus, na qual foram investidos R$ 73 milhões, já produziu cerca de 3 mil ATMs. De acordo com Dorsman, até mesmo em razão do período que entrou em operação, quando o mercado já dava sinais de recuperação, a planta industrial não sentiu os efeitos da crise financeira mundial. Ele destaca o potencial de consumo de terminais de autoatendimento no mercado brasileiro não apenas do setor financeiro, mas também de outros segmentos, como o varejo, por exemplo, que vem crescendo em ritmo acelerado.
O executivo diz que a América Latina hoje representa cerca de 4% a 10% da receita mundial da NCR, que no ano passado foi de aproximadamente US$ 5 bilhões. O Brasil, segundo ele, responde pela maior fatia das vendas na região, seguido pelo México. Dorsman diz que o país é o terceiro maior mercado mundial da NCR, atrás apenas dos Estados Unidos e Japão.
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